Pessoas com transtorno narcisista usam a empatia como muleta

Estamos vivendo momentos sombrios, onde o transtorno narcisista está mais evidente do que nunca.

Para aqueles que são mais atentos, é fácil perceber quando algumas pessoas tentam manipular as outra com atos egoistas, travestidos de amor ao próximo.

Um narcista, geralmente, vai identificar o maior problema que você está passando, e vai te oferecer uma solução. Ele vai te convencer que só ele pode te ajudar, e essa ação, aparentemente, benevolente, depois de um tempo, manda a sua fatura altíssima.

São pessoas que te ajudam para depois te escravisar.


Os atos de ajuda podem ser ferramentas para atender a necessidades narcisistas.

A desigualdade social, a violência e o uso excessivo de redes sociais gera ansiedade, incertezas e dúvidas, e esses são os campos mais férteis para a ação das pessoas que desenvolvem o transtorno narcissita.

Uma pessoa narcisista sente a necessidade de estar em um alto patamar diante de terceiros, ser o centro das atenções e alvejado por elogios constantes para se sentir bem e completo, mesmo que para isso seja necessário simular atos de amor ao próximo.

Nem todos, é claro, são empáticos com intenções narcísicas secundárias, a empatia é um processo biológico que ocorre no córtex pré-frontal, região responsável, dentre outras funções, pela expressão da personalidade e tomada de decisões, o que torna esse tipo de comportamento absolutamente natural e sem necessidade de propaganda.

A empatia narcisista acontece diferente, seus atos são, normalmente, bastante articulados e arquitetatos, e eles sentem a necessidade de que o maior número de pessoas possíveis, fiquem sabendo dos seus feitos nobres.

Muitas vezes, eles assumem aspectos dramáticos para gerar maior identificação. Entretanto, para que eles sejam postos em prática é necessário um esforço consciente, diferente do que ocorre quando esse processo surge naturalmente.

Com o advento das redes sociais, a empatia narcisista se tornou mais uma importante ferramenta para atrair os olhares para si e gerar a sensação de superioridade para quem sofre desse transtorno.

A ajuda exposta nas redes acaba aguçando estímulos enraizados no ser humano de forma alterada devido ao colapso de frustrações que o nosso organismo tem sofrido nos últimos anos.

É importante estar atento para esses atos de “empatia forçada”, que são oferecidas por pessoas com transtorno narcisista, aceitar uma ajuda pequena dessas pessoas, poderá se tornar uma dependência gigante.

*DA REDAÇÃO RH. Texto de Dr. Fabiano de Abreu. Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA – American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE – Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva. Membro Mensa, Intertel e TNS.

Foto de Viktor Forgacs na Unsplash

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Fabiano de Abreu Rodrigues é psicanalista clínico, jornalista, empresário, escritor, filósofo, poeta e personal branding luso-brasileiro. Proprietário da agência de comunicação e mídia social MF Press Global, é também um correspondente e colaborador de várias revistas, sites de notícias e jornais de grande repercussão nacional e internacional. Atualmente detém o prêmio do jornalista que mais criou personagens na história da imprensa brasileira e internacional, reconhecido por grandes nomes do jornalismo em diversos países. Como filósofo criou um novo conceito que chamou de poemas-filosóficos para escolas do governo de Minas Gerais no Brasil. Lançou o livro ‘Viver Pode Não Ser Tão Ruim’ no Brasil, Angola, Espanha e Portugal.