Pai, o seu corpo pode até se despedir dessa vida, mas a sua vida jamais deixará de existir em mim. Pai, nem mesmo a morte poderá nos separar, simplesmente porque, você e eu somos um.
Pai, mesmo que a morte se mostre inevitável, nada nesse vasto Universo poderá nos separar. Porque o que o amor uniu sob a unção das lições familiares, jamais se apaga no tempo. Você me ensinou tantas coisas, talvez, nunca tenha falado abertamente olhando nos seus olhos o tanto que aprendi com os seus erros e acertos, com as suas lutas, fracassos e vitórias.
Talvez, eu tenha deixado para falar em um momento mais apropriado ou preferido não te incomodar, pode ser, que eu realmente tenha achado que já tinha dito tudo, mas hoje sei que o assunto entre nós jamais se esgotará.
Hoje, quem fala é aquele menino que tentava a todo custo chamar a sua atenção. Confesso, de um jeito torto, meio bravo e autoritário, espelhando você na dureza, expressando, mesmo sem entender, que a vida não tolera desaforo.
Pai, você me ensinou mais quando não quis ensinar do que quando se colocou no papel de quem ensina, mas em todos os casos, foram tantas lições que aprendi que sempre me sentirei em dívida, apesar de saber que você não me cobra pagamento algum.
Não falo das brigas necessárias e dos confrontos que protagonizei na minha arrogância infantil. Falo dos momentos simples em que observava a sua força e a sua coragem de se reerguer a cada queda. Falo da sua disposição e do seu talento único de prosperar em meio ao caos e as adversidades.
Pai, quanto mais eu te observava, mais lições eu aprendia. E diante da incoerente certeza ao apontar seus erros, só fui feliz quando passei a focar nos seus acertos. Essa sábia escolha, me fez crescer.
Cresci, mas demorei para amadurecer. Só me tornei adulto de verdade, bem depois, quando parei de querer ser diferente e comecei a ver beleza nas nossas semelhanças.
Hoje, sinto um enorme orgulho de ser parecido com você. Me sinto forte quando reconheço sua força. Venço todas as dificuldades quando lembro das suas histórias.
Pai, o seu corpo se despede dessa vida, mas a sua vida jamais sairá de mim.
Você viverá eternamente nas lições que aprendi com você e a promessa que eu te faço hoje é que eu farei a vida que você me deu ser motivo de inspiração. E o seu legado sempre será coroado.
Você pode descansar, ficar em paz, feliz da vida que viveu! Não precisa se preocupar com mais nada porque você realmente fez um bom trabalho.
A mesma força do jovem que você foi, tenho dentro de mim. Com ela, viverei todos os dias que ainda me restam, sempre projetando e construindo grandes fortalezas como você fez … porque sou seu filho e o seu exemplo me transformou em um homem imbatível, que se curva, mas jamais quebra.
Essa força vem do amor que nos une e que nada nem a morte é capaz de separar. Eu te amo, te honro e para sempre, sou grato, por ser o seu filho e por você ser o meu pai.
Sei que, esse amor além da vida, nos mantém vivos, mesmo depois do “aparente, fim.
Você é a fortaleza, o ponto de partida, o porto que me inspira a fazer o que precisa ser feito e a cada nova batida do meu coração, você se mostrará vivo, forte e jovem, dentro de mim e também dentro dos meus filhos, dos filhos deles e de todos que os seguirem… eternamente.
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*DA REDAÇÃO RH. Texto de Robson Hamuche, idealizador do Resiliência Humana, palestrante, terapeuta, empreendedor e facilitador do Método Resiliência Sistêmica. VOCÊ JÁ VISITOU O INSTAGRAM E O FACEBOOK DO RESILIÊNCIA HUMANA?
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