Você é otimista ou pessimista?
Para responder com mais segurança a essa pergunta, talvez você precise saber um pouco mais sobre como pensa e age uma pessoa otimista e como age uma pessoa pessimista.

Uma das diferenças mais marcantes entre esses dois jeitos de ser na vida é o fato de que o pessimista tende a considerar os problemas como definitivos e absolutos, enquanto que o otimista tende a vê-los como circunstanciais e passageiros.

Uma boa maneira de descobrir em qual modelo de comportamento você se encaixa é começar a observar quantas vezes você usa palavras como nunca, sempre, nada, tudo e por aí vai. Ou seja, sao palavras extremistas e inflexíveis bastante usadas pelos pessimistas quando uma situação não vai bem.

A questão é que, nos seus relacionamentos, os momentos mais delicados são cruciais para determinar se você consegue superar as dificuldades ou se desiste e abre mão deste para tentar um novo amor. E talvez seja exatamente essa decisão que esteja fazendo toda a diferença na sua felicidade afetiva.

E isso tem tudo a ver com o quanto você foca no positivo e no negativo. No quanto você valoriza as qualidades e os defeitos do seu par. No quanto você acredita que um problema é toda a relação ou é apenas uma fase ou uma parte dela.

Só para você ter uma ideia, foi feita uma pesquisa* com 54 casais desde o dia em que se casaram até 4 anos depois. Deste número, 16 deles se separaram e a pesquisa sugeriu que os casais que conseguem explicar as dificuldades e as diferenças com mais otimismo se sentem mais satisfeitos no casamento e a probabilidade de continuarem juntos aumenta consideravelmente.

Por outro lado, casais que veem as dificuldades com pessimismo, tendem a considerar bem mais rapidamente que o encontro não valeu a pena e desistem um do outro.

Observe que isso tem a ver com você. Com o seu jeito de ver a vida e interpretar os acontecimentos. Sim, porque, no final das contas, já sabemos que todos nós temos defeitos e que a convivência é uma arte longe de ser fácil.

Portanto, na maioria dos casos, não se trata dos defeitos do outro e sim do significado que você dá para a dinâmica do seu relacionamento. Tem a ver com a história que você conta sobre o que o outro faz de fato. Tem a ver com a sua disposição de focar no positivo.

Não é fácil, mas é simples. É, acima de tudo, uma questão de treino e vontade. De escolha e decisão! Então, que o primeiro passo seja dado em direção a um importante aprendizado: sermos mais otimistas e criarmos explicações mais positivas para os eventos vividos nos relacionamentos.

* Pesquisa citada no livro Felicidade Autêntica, de Martin Seligman