Que somos movidos à musica não é nenhuma novidade. Que nossas vidas são marcadas por elas, talvez. Pode ser um encontro, um momento, um relance. O fato é que todo momento é eternizado por uma música. Isso explica o motivo pelo qual alguns compositores insistem em dizerem que música alguma deve ser dedicada a um romance, já que, ao término dele, lembranças ruins poderão ser associadas a ela. Mas, teimosos que somos, desobedecemos todos os conselhos e seguimos às próprias regras.

É fato incontestável que nossas histórias são formadas pelas músicas que amamos. Temos uma trilha sonora para cada momento e recorremos a ela cada vez que a saudade aperta. Do romântico ao rock pauleira, nossas playlists estão salvas na mente e, a cada nova situação, as categorias aumentam significativamente.

O motivo para o acontecimento não é difícil de entender: encontramos na música parceiros de vidas. Enquanto os compositores parecem terem escrito nossos roteiros de vida, as melodias nos proporcionam emoções únicas, criando sensações psíquicas inigualáveis.

Música não se limita a uma combinação harmoniosa e expressiva de sons. Música é vida, vicia e traz paz. Não é a toa que Nietzsche afirmava que “sem música a vida não faria sentido”. Sem ela, a vida seria um muro de lamentações recheada de gente chata. Essa é a verdade! É ela quem dá cor aos dias, solução aos problemas e alívios às dores.

Música é grito de alma. Divisão de águas. É, como diz Platão, “o meio mais poderoso do que qualquer outro porque, o ritmo e a harmonia, têm sua sede na alma. Ela enriquece esta última, confere- lhe a graça e ilumina aquele que recebe uma verdadeira educação”.

Música é aproximação. Nos conectamos com o mundo do outro através das melodias, das letras, da sensibilidade. Nos tornamos mais perceptíveis aos detalhes, emotivos para o que importa e admiradores da essência.

Música é, em outras palavras, a trilha sonora da vida.








A literatura vista por vários ângulos e apresentada de forma bem diferente.