A Europa enfrenta uma das ondas de calor mais intensas da última década, com temperaturas extremas que já causaram pelo menos oito mortes, forçaram o fechamento de escolas e até a interdição da Torre Eiffel, em Paris.
O fenômeno, que especialistas já chamam de “assassino silencioso”, é mais uma consequência direta das mudanças climáticas provocadas por ações humanas.
De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), as altas temperaturas estão se tornando mais frequentes, intensas e prolongadas, especialmente nas regiões urbanas. Em Paris, os termômetros bateram 42°C, e mais de 2,2 mil escolas foram fechadas como medida de proteção à saúde das crianças.
Na Alemanha, a situação não é diferente: Berlim registrou quase 39°C, bem acima da média histórica, e adotou o “hitzefrei” — uma política que dispensa alunos das aulas em dias muito quentes.
Já na Espanha, além de enfrentar até 46°C, o país também sofre com incêndios florestais devastadores, que já mataram pelo menos duas pessoas e forçaram o confinamento de milhares.
Entre os mortos estão uma menina de 10 anos na França e uma criança de dois anos na Espanha, que morreu após ser deixada em um carro sob o sol. Casos de insolação severa somam centenas, e hospitais enfrentam aumento na procura por atendimento emergencial devido a complicações respiratórias e cardiovasculares provocadas pelo calor.
“Esse tipo de calor não é apenas desconfortável. Ele mata silenciosamente, afetando principalmente idosos, pessoas com doenças crônicas e crianças pequenas”, alertou Clare Nullis, porta-voz da OMM.
De acordo com os especialistas, essas ondas de calor lembram os padrões das de 2003 e 2022, que causaram dezenas de milhares de mortes prematuras.
A chefe da União Europeia para a Transição Energética afirmou que a resposta política segue fraca diante da emergência climática e criticou a “covardia” dos líderes mundiais frente ao aquecimento global.
O impacto dessas ondas de calor vai além do desconforto térmico: elas pressionam os sistemas de saúde, causam prejuízos agrícolas, colapsam infraestruturas urbanas e agravam crises energéticas.
Na Espanha, na região da Catalunha, um incêndio florestal destruiu mais de 6.500 hectares de terras e gerou uma coluna de fumaça visível a 14 mil metros de altitude.
Segundo Salvador Illa, presidente regional, a situação saiu do controle logo no início, e nem o triplo de bombeiros teria sido capaz de conter o fogo sem a ajuda de uma tempestade inesperada.
“Esses incêndios não são mais como antes. Estão mais intensos, mais rápidos e praticamente incontroláveis”, afirmou Illa.
As autoridades reforçam a importância de cuidados simples, mas essenciais para se proteger:
Em cidades como Barcelona, protocolos incluem distribuição de água, envio de alertas via SMS e pontos de apoio para pessoas em situação de rua.
Essa onda de calor na Europa revela um futuro assustador que se aproxima. Enquanto recordes de temperatura são quebrados e tragédias se repetem, a urgência por ações climáticas mais firmes e responsáveis nunca foi tão evidente.
Especialistas alertam que o que está acontecendo atualmente não é uma exceção — é a nova realidade. E a forma como agimos agora pode determinar o futuro de milhões.
Imagem de Capa: Canva
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