Obama pede que ‘pessoas de consciência’ condenem a Rússia

O ex-presidente americano Barack Obama declarou que o “ataque descarado” da Rússia à Ucrânia é uma violação do direito internacional e dos “princípios básicos da decência humana”.

“A Rússia fez isso não porque a Ucrânia representasse uma ameaça à Rússia, mas porque o povo da Ucrânia escolheu um caminho de soberania, autodeterminação e democracia”, disse Obama.

“Para exercer direitos que deveriam estar disponíveis para todas as pessoas e nações, os ucranianos agora enfrentam um ataque brutal que está matando inocentes e deslocando um número incontável de homens, mulheres e crianças, declarou.”

As declarações de Obama foram divulgadas já no primeiro dia que o presidente russo Vladimir Putin denominada “operação militar especial” na Ucrânia.

O ex-presidente acrescentou que as consequências das ações “ilegais” e “imprudentes” da Rússia se estenderão além das fronteiras da Ucrânia.

Obama disse que a incursão da Rússia no “coração da Europa” também ameaça a fundação da ordem e da segurança internacionais.

“Há algum tempo, vimos as forças da divisão e do autoritarismo avançarem em todo o mundo, atacando os ideais de democracia, estado de direito, igualdade, liberdade individual, liberdade de expressão e culto e autodeterminação. A invasão da Ucrânia pela Rússia mostra aonde essas tendências perigosas podem levar – e por que elas não podem ser deixadas incontestadas”, disse ele.

Além disso, Obama disse que “as pessoas de consciência em todo o mundo precisam condenar em voz alta e clara” as ações da Rússia e oferecer seu apoio ao povo ucraniano.

O ex-presidente reconheceu que pode haver algumas consequências econômicas na imposição de sanções à Rússia, dado o papel significativo do país nos mercados mundiais de energia.

No entanto, de acordo com Obama, “esse é um preço que devemos estar dispostos a pagar para nos posicionarmos ao lado da liberdade”.

“A longo prazo, todos nós enfrentamos uma escolha, entre um mundo em que o poder faz o certo e os autocratas são livres para impor sua vontade pela força, ou um mundo em que pessoas livres em todos os lugares têm o poder de determinar seu próprio futuro.”

Ele acrescentou que ele e sua esposa, ex-primeira-dama Michelle Obama, “estará orando pelo corajoso povo da Ucrânia, pelos cidadãos russos que corajosamente declararam sua oposição a esses ataques e por todos aqueles que arcarão com o custo de uma guerra sem sentido”.

Obama divulgou seu comunicado pouco depois que o Presidente Biden disse que os EUA sancionarão os principais bancos russos e imporão controles de exportação à Rússia para reduzir as importações russas de alta tecnologia como parte de um esforço coordenado com aliados para penalizar o Kremlin por seu ataque militar contra a Ucrânia.

*DA REDAÇÃO RH. Com informações Thehill