Quero tocar as tuas estrias, celulites, rugas e contigo sentir as nossas afinidades. Quero teus beijos tão nossos, teus abraços apertados, e o teu cheiro suado junto aos nossos troços. Quero sentir a tua pele como a água da chuva que te invade por lugares onde jamais alguém sonhou estar. Quero a naturalidade dos teus olhos encarando os meus tentando adivinhar a conversar por trás de cada olhar apaixonado. Quero poder sentir a suavidade do teu corpo visitando o meu, então poderemos mostrar ao mundo que o nosso amor é um ato revolucionário.

Pode vir com vergonha. Eu expulso. Pode vir com teus medos ou receios. Eu os expulso dos teus pensamentos. Pode vir com roupa. Eu a expulso do teu corpo. Quero saber com o que você costuma sonhar e quero fazer parte dos teus sonhos também. Desejo povoar teus pensamentos com nossas histórias loucas sobre o amor. Eu poderia escrever um livro sobre teus olhos, mas o meu português é errado demais, e eu não sei a diferença dos quatro “porquês”, o meu jeito não é o mais exemplar e teus pais não vão muito com a minha cara. Mas não importa, eles não sabem o que se passa dentro de nós. Eles não conseguem sentir o impacto que nossas almas causam quando nos aproximamos um do outro, mas eu não os culpo por isto. O toque dos nossos corpos bomba mais do que qualquer hit, pois você é o refrão que costumo cantar repetidamente.

Meu signo é o teu sorriso com ascendente nos teus beijos. Meu quadro favorito é o teu rosto pintado por minhas retinas escuras nas tardes de Agosto. Esse teu jeito de mineira faz com o meu pobre coração qualquer brincadeira. Esse teu olhar de carioca me deixa apaixonado por ti a qualquer hora. Mas apenas esse teu sorriso de pernambucana me faz querer construir um trono de ouro só para te ouvir dizer baixinho; vem aqui e me ama. Só costumo escrever quando estou apaixonado, mas eu não sou um escritor, sou só um garoto bobo meio-muito apaixonado. Rabisco apenas sobre o teu corpo imperfeito e tua alma perfumada, quem espera poesia se ilude, aqui são só folhas de uma página rabiscada.

Meu amor era grande demais para ser carregado em um só corpo, por isso juntei meu sentimento ao teu, e hoje já não existe mais eu.

Somos fugitivos; como dois comparsas que roubam sorrisos e andam soltos por aí.

Procurados por furtar nossos próprios corações.

Juntos pelo toque dos nossos corpos.

Ligados pelo impacto de nossas almas.

Destinados por um amor sem tempo, sem data, ou escala.

P.S

Eu te amo baixinha.








Apaixonado pela poesia feminina. Acredito fielmente que o amor seja o infinito que resolveu morar no detalhe das palavras. Muito prazer, eu me chamo Pedro Ficarelli, e escrevo com o único intuito de pôr palavras onde a tua dor se faz insuportável.