O que é ser normal? O normal para um, pode não ser normal para o outro!

O “normal” é uma percepção individual de acordo com a personalidade. Muitos dizem que são normais quando querem dizer que são apenas comuns.

Pessoas “normais” atendem a aspectos sociais e culturais: mas o que para um é anormal para outro pode não ser.

O que é ser normal? O que é anormal? Será que o normal realmente existe? Este é o tema abordado em meu artigo “O normal está relacionado a uma percepção individual de acordo com o a personalidade”.

Tendemos a padronizar as pessoas, assim, sentimos que pertencemos a algo ou a algum lugar, quando as pessoas apresentam características como aparência e comportamento que são iguais ao padrão da maioria da população.

Isso faz com que este indivíduo seja socialmente aceitável e comum.

As pessoas “normais”, agem segundo o padrão da normalidade: não atraem atenção para suas vestimentas, possuem um gosto musical popular e suas características o fazem comum e semelhante aos outros que convive no seu dia a dia.

Se ser “normal” é assemelhar-se a maioria, logo a minoria que se veste de forma diferente, se comporta de maneira distinta e ouve músicas não populares, são considerados “anormais”.

Essa conotação de anormal se dá porque para a maioria, são tidos como estranhos aqueles que não têm comportamentos iguais aos outros.

Antes do surgimento da Psicanálise de Sigmund Freud (1856-1939), este assunto era discutido mas não havia consenso entre os estudiosos.

Quando Freud surge, ele define que o “normal” não passava de uma ficção: não existe normalidade absoluta, essa definição não passa de um reflexo do ego daquele que dita a normalidade.

Ser normal depende de diversos aspectos sociais e culturais. O que pode ser normal para um, pode não ser normal para outro.

Em países ocidentais, por exemplo, as pessoas normais comem carne de vaca. Enquanto em países orientais, como a Índia, o animal é considerado sagrado e por isso é cultuado, ao invés de servir como alimento.

Muitos dos nossos hábitos e concepções são derivados da sociedade que estamos inseridos, por isso, Freud considera a normalidade um mito.

Enquanto uns consideram aqueles de opinião e comportamentos diferentes como loucos, para eles, seus comportamentos são normais, pois esses indivíduos vivem a realidade deles.

Diversos cientistas considerados super inteligentes, como Nikola Tesla, Albert Einstein, Oliver Heaviside e até mesmo o criador da Apple, Steve Jobs, muitas vezes foram taxados de loucos devido aos seus hábitos excêntricos.

Diversos gênios da história foram vistos como loucos e anormais antes de comprovarem suas teorias em decorrência de suas personalidades “incomuns”. POrém, foram justamente essas características que os permitiram realizar feitos brilhantes.

Logo, uma maioria que se considera “normal”, pode anormalizar os que, por sua vez, são apenas diferentes.

DA REDAÇÃO RH. Texto de Fabiano de Abreu Rodrigues, PhD, neurocientista, neuropsicólogo, biólogo, historiador, jornalista, psicanalista com pós em antropologia e formação avançada em nutrição clínica. PhD e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências pela EBWU na Flórida e tem o título reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa; Mestre em Psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio/Unesco; Pós Graduação em Neuropsicologia pela Cognos em Portugal; Pós Graduação em Neurociência, Neurociência aplicada à aprendizagem, Neurociência em comportamento, neurolinguística e Antropologia pela Faveni do Brasil; Especializações avançadas em Nutrição Clínica pela TrainingHouse em Portugal, The electrical Properties of the Neuron, Neurons and Networks, neuroscience em Harvard nos Estados Unidos; bacharel em Neurociência e Psicologia na EBWU na Flórida e Licenciado em Biologia e também em História pela Faveni do Brasil; Especializações em Inteligência Artificial na IBM e programação em Python na USP; MBA em psicologia positiva na PUC. Membro da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814; Membro da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488; Membro da FENS – Federation of European Neuroscience Societies – PT 30079; Contato: [email protected]








Fabiano de Abreu Rodrigues é psicanalista clínico, jornalista, empresário, escritor, filósofo, poeta e personal branding luso-brasileiro. Proprietário da agência de comunicação e mídia social MF Press Global, é também um correspondente e colaborador de várias revistas, sites de notícias e jornais de grande repercussão nacional e internacional. Atualmente detém o prêmio do jornalista que mais criou personagens na história da imprensa brasileira e internacional, reconhecido por grandes nomes do jornalismo em diversos países. Como filósofo criou um novo conceito que chamou de poemas-filosóficos para escolas do governo de Minas Gerais no Brasil. Lançou o livro ‘Viver Pode Não Ser Tão Ruim’ no Brasil, Angola, Espanha e Portugal.