Tenho a teoria que o primeiro beijo é uma das coisas que define se aquilo vai pra frente ou não.
Não estou falando de alguém que você fique numa “balada” qualquer da vida (adora odiar a palavra balada), mas alguém que você realmente planejou e quis encontrar e conhecer.

Você passou pelo teste da primeira impressão, que é eliminatório e não permite segunda chamada, passou pelo possível nervosismo do encontro e agora é a hora de ter atitude e fechar a noite… mas e se o beijo não for bom? Se não encaixar ou sei lá qualquer outro motivo que faça um beijo ser ruim?

Se o primeiro beijo não for bom e se não rolar química, já era.

Pode ser a pessoa mais interessante e a melhor conversa que você já teve, já era!

Não força uma segunda chance porque se acomodar num beijo ruim achando que vai melhorar é perder tempo.

Alguns beijos realmente não se encaixam.

E se o beijo não encaixou, imagina o s#xo.

Não acredito em beijo ruim ou beijar mal. Acredito em beijo que não encaixa.

Assim como um sapato apertado que machuca você pode acabar servindo em outra pessoa, um beijo que não encaixa em você pode encaixar com outro.

Cada um tem seu jeito mesmo.

Você pode até ter a paciência de se adequar ao beijo do outro ou tentar adequá-lo ao seu.
Não recomendo, mas boa sorte nisso.

Alguns beijos realmente não se encaixam, e parecem que não foram feitos pra se encaixar.
Não força uma segunda impressão porque se acomodar num beijo ruim achando que vai melhorar é perder tempo.

Acredite, aquele beijo não vai melhorar com o tempo!

Ou o primeiro beijo pode encaixar perfeitamente. E isso eleva em 10x todas as outras qualidades da pessoa.

Quando tem química logo de cara tudo flui muito melhor e natural, até a conversa fica mais fácil, os risos são mais frequentes e a vontade é a de querer que aqueles momentos não acabem.

Poucos beijos durante a relação vão ser tão marcantes quanto o primeiro beijo.

O primeiro beijo tem toda aquela ansiedade, expectativa e um certo nervosismo que dão o toque especial do momento.

Sim, um primeiro beijo que encaixa faz toda a diferença.

O primeiro beijo importa, e um amigo meu contou uma vez:

“- Eu já era afim de ficar com essa menina tem um tempo mas ela sempre tava ocupada com estágio e faculdade. Tava meio apaixonadinho até porque ela faz totalmente meu tipo, conversávamos por horas sempre e várias vezes falou que eu fazia o tipo dela, que tava afim de mim e tudo mais. Até que enfim ela teve uma folga dos estudos e marcamos um cinema.

– Eu sou muito contra primeiro encontro no cinema – falei – são 2h do lado de alguém que você tá doido pra conversar mas tem que ficar quieto.

– É, agora já foi… Mas então a gente se encontrou, viu o filme e depois fomos comer. A noite tava super divertida e tava nítido, nítido, nítido que a gente tinha tudo a ver. Ok. Daí levei a menina em casa. Parei o carro na entrada do prédio dela. A gente conversou uns minutos e eu só olhava pra boca dela, fixo, fissurado!

– Igual um psicopata, sei.

– Não, ela tava falando alguma coisa sobre depilação à laser e eu só pensava em beijar aquela garota. Eu tava imaginando como seria aquela boca e aquele beijo há semanas. A noite toda eu só ficava esperando um momento ou uma abertura, mas nunca acontecia. Então ela tava falando, falando, falando… eu cheguei perto e beijei!

– Que bom! Achei que você ia pedir o beijo. Nada mais broxante que isso…

– Sabe quando você beija alguém e o mundo para? Você ouve o Frank Sinatra cantando no seu ouvido? Você vê fogos de artifício? Você esquece todos os problemas do mundo e os boletos pra pagar?

– Que lindo.

– Então! Não teve nada disso! haha. Foi péssimo, cara. A língua dela parecia um helicóptero dentro da minha boca. Parecia que eu tava sofrendo uma laringoscopia, sei lá. E no meio do beijo a bala que tava na boca dela caiu na minha e foi direto pra garganta, eu dei uma engasgada e achei que ia vomitar em cima dela. Foi horrível.

– hahaha você vomitou na guria? Meu deus, cara!

– Nããão! Foi quase só. Subiu e desceu. Ela nem reparou.

– Claro que reparou, pô! Mas vocês nem vão sair de novo, né?

– Tentamos mais uma vez mas deu na mesma bosta. O clima que ficou depois deixou claro pros dois que não tinha química. É muito ruim quando o beijo não encaixa…”








Tem 28 anos e quando for pai será o mais babão do mundo. Diferente da maioria, adora falar em público. Escreve um livro há 5 anos, não quer ser mais um “escritor de coisas melosas”, e escreve aqui sobre relacionamentos como se estivesse dando conselho para amigos, porque está.