Por que o calor do sentimento, muitas vezes, não se mantém? Tudo é perfeito quando não se tem o conhecimento real do que é! O mistério é um forte aliado para manter a chama da paixão acesa!

O misterioso pode ser mais gostoso, pois não existe a certeza, mas, sim, fantasias e expectativas.

Quando descobrimos a realidade e nos acostumamos com ela, o interesse na descoberta já não existe, então, perde-se algum ou todo valor.

Amamos mais o desconhecido pois não conhecemos.

Assim, quando conhecemos a fundo, algumas vezes, podemos nos decepcionar. Como se o que esperamos que aconteça fosse melhor do que a realidade de quando acontece.

Misterioso como um forasteiro

Uma vez inventei a história do forasteiro misterioso em uma pequena vila. Ele chega belo, alto, forte e bem vestido. Tudo parece harmonioso e diferente de todo aspecto físico existente na vila. Ele chama a atenção, todos desejam conhecê-lo para matar a curiosidade, desvendar todo seu mistério.

Com o tempo, ele vai conhecendo as pessoas e, com a intimidade conquistada pelo povo, passa a contar sua história e alguns de seus segredos.

Então, com o passar do tempo, ele se torna um cidadão comum na vila e já não tem mais graça porque torna-se como qualquer outro.

Assim também pode ser o amor: com o tempo, seus segredos são revelados, não há mais mistérios e, então, fica aquele amor menos intenso de admiração e reciprocidade.

No lugar, surge a amizade, que nasce como resultado do tempo passado juntos.

É no mistério da descoberta que fantasiamos o que vamos desejar naquela pessoa. Mas sempre desejamos mais do que a realidade pode oferecer, criando, assim, uma decepção maior do que se não esperássemos tanto.

Essa decepção pode influenciar no sentimento, diminuindo sua potência.

Mas quando sabemos a importância daquela pessoa para nossa vida e o seu lugar, continuamos a amá-la, claro, porém, sem tantas expectativas.

Quando descobrimos que o outro tem tantos defeitos quanto nós, a chama, daquele fogo que surge da vontade de desvendar o parceiro, diminui.

O encantamento precisa de cenas obscuras, de mistério e surpresa para se manter vivo.

A gente se engana o tempo todo para fantasiar que o outro seja perfeito, mesmo sabendo que a perfeição não existe.

Criamos um mundo fantástico e, enquanto mantivermos o sonho, manteremos o calor do sentimento e sua devida intensidade.

Cada um que nos chega, que é “virgem” de nós, apresenta um mundo novo também.

Sendo desconhecido, nos permite a chance da descoberta e da conquista.

O que já possuímos nos pertence, nos traz segurança e buscamos conquistar o que ainda não temos. Desse modo, nos sentirmos poderosos pela conquista.

Por isso, é um desafio.

Quando vencemos o desafio e a adrenalina corre em nossa corrente sanguínea, aquele sentimento de vitória dura um certo tempo.

Quando enfraquece, pode trazer uma espécie de naquele sentimento.

Só a inteligência emocional da maturidade pode trazer a solução para essa insatisfação.

Cabe às duas pessoas criar situações que fogem da rotina e a revelação dos mistérios aos poucos. É preciso manter o mistério para manter acesa a chama da paixão.

*texto de Fabiano de Abreu – Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l’Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde na área de Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner World University;Mestre em psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio,Unesco; Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal;Três Pós-Graduações em neurociência,cognitiva, infantil, aprendizagem pela Faveni; Especialização em propriedade elétrica dos Neurônios em Harvard;Especialista em Nutrição Clínica pela TrainingHouse de Portugal.Neurocientista, Neuropsicólogo,Psicólogo,Psicanalista, Jornalista e Filósofo integrante da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814, da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488 e da FENS – Federation of European Neuroscience Societies-PT30079.
E-mail: [email protected]

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Fabiano de Abreu Rodrigues é psicanalista clínico, jornalista, empresário, escritor, filósofo, poeta e personal branding luso-brasileiro. Proprietário da agência de comunicação e mídia social MF Press Global, é também um correspondente e colaborador de várias revistas, sites de notícias e jornais de grande repercussão nacional e internacional. Atualmente detém o prêmio do jornalista que mais criou personagens na história da imprensa brasileira e internacional, reconhecido por grandes nomes do jornalismo em diversos países. Como filósofo criou um novo conceito que chamou de poemas-filosóficos para escolas do governo de Minas Gerais no Brasil. Lançou o livro ‘Viver Pode Não Ser Tão Ruim’ no Brasil, Angola, Espanha e Portugal.