Ontem sai com alguns amigos para comemorar o aniversário de um deles. Enquanto jantávamos, uma de nossas amigas disse que dorme no sofá por não suportar mais seu esposo.

Sabemos que casamentos passam por tribulações, entretanto, o fato de não suportar mais a pessoa, mostra que além do amor ter acabado, nos deixa claro que ela não está mais disposta a lutar em prol da união. E quando já não existe motivação, quer dizer que não há nada que ela possa fazer para reacender a chama.

A questão é que ninguém é obrigado a conviver com alguém a força, porém, se ela realmente estivesse disposta, lutaria para que o casamento se reerguer.

Após a declaração de minha amiga, me questionei “O que faz uma pessoa manter uma união durante anos se não existe mais amor?” E essa pergunta ficou ecoando em minha mente.

É engraçado como as pessoas caem no comodismo e simplesmente empurram algo com a barriga como se tudo estivesse andando perfeitamente bem. E perante os filhos, permitem que eles presenciem brigas constantes como se isso não ferisse o sentimento dos que assistem.

Todos nós merecemos amar e ser amados, contudo, não adianta ficar com alguém para manter as aparências. É desgastante para ambos.

Não diferente da esposa, o esposo cruza os braços e finge que a situação não o incomoda.

É triste ver duas pessoas que poderiam ser felizes individualmente, viverem algo onde já não encontram paz.
O casamento passa sim por altos e baixos, mas, quando os envolvidos mais choram do que sorrirem, é hora de ambos repensarem se isso está agregando na vida de cada um.

O amor, quando genuíno, nos impulsiona a ser pessoas melhores, e consequentemente, dividimos nosso melhor com quem está ao nosso lado, entretanto, se não nos amarmos ao ponto de manter uma relação de fachada, não faremos bem ao parceiro, muito menos a nós mesmos.








Estudante de jornalismo, radialista por amor, escritora nas horas vagas. Adora das boas risadas, costuma passar os domingos de pijama assistindo filmes e séries. Apesar de não curtir baladas, é incapaz de recusar uma rodinha de violão, e para pra cantar junto. Mesmo desafinada, garante que é simplicidade em pessoa.