Filhos! Quem nunca babou colorido nos filhos? Acredito que todos nós, não é mesmo?

Filhos é o amor maior do mundo. Podemos enjoar de tudo na nossa vida: do carro, da casa, do serviço, das pessoas; daquilo que mais gostamos e daqueles que mais gostamos, mas filhos não. Eles são nossa razão de ser e de viver.

Por eles e para eles, somos capazes de fazer de tudo e tudo.

Qualquer sacrifício, por mais difícil e penoso que seja vale a pena. É recompensador, olhar para eles e ver seus sorrisos, o brilho nos seus olhares e ouvir suas gargalhadas, as tagarelices e a criatividade apurada para fazer palhaçadas que nos fazem sorrir do nada e até mesmo quando não temos motivos para tal.

Por eles, somos capazes de deixar qualquer preguiça de lado. São nossa maior motivação para o acordar com chuva e para ficarmos acordados esperando suas ligações para buscar nas festas da juventude.

São capazes de transbordar nosso coração de paz.

É gostoso sentir um amor tão pleno e verdadeiro.

Vira e mexe são capazes de nos surpreender.

Vivemos em prol deles e para eles.

Quantas vezes pensamos em desistir de algo, seja do casamento infeliz, do emprego penoso, da progressão na carreira e repensamos ao pensarmos neles.

Não queremos ver nossos filhos tristes pelos cantos, sofrendo pela falta da convivência do pai que tanto ama.

Não queremos ver nossos filhos tristes ao ver que a mesa farta de outrora se transformou numa mesa escassa, por não termos tido paciência para aturar humilhações desnecessárias.

Não queremos ver nossos filhos andando a pé, quando poderiam andar de carro, ao desistir daquela promoção que envolve mais esforço e responsabilidade.

Não queremos ver nossos filhos aflitos só de imaginar que não poderemos continuar pagando sua faculdade, por sermos fracos ao entregarmos os pontos diante do medo de não darmos conta do desafio do nosso novo serviço novo, do qual não sabemos nada e já não temos a mesma energia de outrora para o recomeçar nos últimos minutos do segundo tempo, prestes a terminar o jogo.

Não queremos ver nossos filhos prejudicados em nada que podemos fazer e não fazemos. E por eles somos capazes de respirar fundo para adquirirmos forças de onde não havia e suplicar a Deus por um milagre de nunca poder faltar nada para eles e para isso imploramos por forças para continuarmos no caminho da luta, que dói na alma.

Só mesmo quem é pai ou mãe, chefe de família é capaz de visualizar e sentir tamanha dor.

Por eles, somos capazes de qualquer sacrifício, bem como superar qualquer desafio para chegar na reta final da missão cumprida.

Por eles abrimos mão da viagem dos sonhos, para ficarmos ao seu lado quando estão doentes.

Por eles somos capazes de nos sacrificarmos para dar tudo do bom e do melhor, bem como nos esforçar para não lhe deixar faltar nada.

Por eles, somos capazes de reverter qualquer falta de tempo, pelo excesso de trabalho em qualidade. E neste caso, fazemos questão de usar todo o tempo restante para eles e com eles.

Não há como duvidar que amor de mãe e amor de pai tudo suporta.

Por eles somos capazes de prosseguir e seguir em frente, mesmo que dentro de nós a vontade de desistir seja maior.

São eles nossa maior motivação da vida e para a vida.

Fico imaginando como seria sem eles para nos dar força e apoiar, nem que seja com um discreto sorriso nos lábios.

Neles somos capazes de ver todas as qualidades boas de nossos queridos pais e avós. E talvez seja por isso que sentimos tanta força vinda deles e que não nos deixam desistir ou fracassar, mesmo diante das dificuldades inerentes à vida.

Neles podemos ver o lado brincalhão do nosso avó, com apelido de Sorriso.

Neles podemos ver o cuidado dos nossos pais para conosco ao nos darem o remédio para enxaqueca ou fazerem um arroz com linguiça, quando chegamos em casa tarde da noite sem almoço, e exausto de tanto trabalharmos, devido à responsabilidade inerente ao cargo de chefia do novo serviço “presente de grego”, em que tudo é para ontem.

Neles conseguimos ver a força de nossa mãe, ao ouvir sempre as mesmas palavras: “Caiu? Levante e dê a volta por cima”.

Neles podemos ver o entusiasmo de nosso pai.

Neles podemos ver o olhar atento de sua avó.

Neles podemos ver o carisma e o dom da socialização de seu pai, ao fazer boas e novas amizades.

Neles podemos ver a nossa criatividade ao fazer bijuterias, bem como o dom do avô e da avó do comércio ao venderem na escola.

Neles podemos ver a preocupação com relação às finanças da mãe e do avô, para não descontrolar.

Neles podemos ver a calma, alegria e serenidade espontânea da outra avó, bem como a espiritualidade do outro avô (tiradas que nos fazem morrer de rir).

Neles podemos ver a energia boa, ativa e positiva de todos os avós tanto maternos como paternos.

Neles podemos ver o equilíbrio entre o oito e o oitenta, entre o pai e a mãe e isso equivale ao infinito, que vai além da perfeição.

Neles, podemos ver a esperança de um futuro melhor, pois são capazes de reunir todas as qualidades de nossos a antepassados e por essa razão tem tudo para dar certo.

Neles podemos ver a docilidade e bondade de ajudar ao próximo de todos os seus avós.

Neles podemos ver nosso espírito de liderança nata e de superação.

Neles somos capazes de colher com alegria e realização os bons frutos da semente plantada com amor, cuidada com zelo e regada com lágrimas. E nos faz olhar para trás e ver que tudo valeu a pena e que só nos resta aproveitar e desfrutar do lado bom da vida, onde “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”, segundo palavras do Poeta Fernando Pessoa. Pois filho de peixe, peixinho é.

Nossa principal missão como pais e educadores para com nossos filhos é ensinar tudo o que nossos pais e avós tem de melhor.

Este ensinamento é passado de geração em geração através dos exemplos de vida, conscientemente e inconscientemente.

Bons exemplos são e serão o maior legado e tem efeito acumulativo e é por esta razão que podemos afirmar, que nossos filhos são e serão sempre melhores que nós.

Nossos filhos são nossa melhor versão.

*DA REDAÇÃO RH. *Foto de Gabe Pierce no Unsplash

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Idelma da Costa, Bacharel em Direito, Pós Graduada em Direito Processual, Gerente Judicial (TJMG), escritora dos livros Apagão, o passo para a superação e O mundo não gira, capota. Tem sido classificada em concursos literários a nível nacional e internacional com suas poesias e contos. Participou como autora convidada do FliAraxá 2018 e 2019 e da Flid 2018.