Se eu pudesse, dividiria com você todo o peso que a vida lhe jogasse nas costas, quando a noite viesse com a chuva, o frio e a solidão.
Ficaria com a parte mais chata e pesada, os entraves intransponíveis, os enguiços do tamanho de elefantes, as encrencas insuportáveis.
Por sua conta deixaria só os pequenos abacaxis, as chaturas irrelevantes, os aborrecimentos inofensivos. Se eu pudesse eu faria assim.
Queria embrulhar num papel bonito um punhadinho de lembranças que guardei das minhas avós, dessas que me fazem sentir alegria, e entregar na porta da sua casa com uma fatia de bolo e um golinho de café quente. Eu queria, sim.
Ahhh… se pudesse eu carregaria a sacola da feira com você, levaria a alça mais pesada e aliviaria o seu trabalho.
Tiraria os seus braços o peso gratuito das picuinhas, o azedo das pequenas intrigas e das grandes chateações. Se pudesse eu protegeria você como fôssemos uma dupla de lutadores mexicanos. Entraria no ringue a qualquer tempo e assumiria a bronca para o seu descanso, até você voltar quando quisesse.
Abriria meu coração feliz e deixaria você levar a felicidade que lhe coubesse, a fortuna que desejasse e todo amor que lhe aprouvesse. Eu deixaria mesmo.
Se pudesse, eu dividiria com você esse caminho que começa agora e vai até depois de quando tudo acaba.
Enquanto não posso, compartilho essa alegria de saber que você existe. Esse agrado de habitarmos o mesmo tempo. Esse gosto de festa, essa promessa de felicidade.
Esse sonho bonito de caminhar ao seu lado, de revezar no volante, de repartir nossas coisas. De dividir a vida com você.
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