A solitude é o encontro consigo, uma sensação de pertencimento que faz com que nenhuma companhia sem sentido nos perturbe.

Encontrar a solitude nos torna mais exigentes, mas uma exigência positiva, pois não aceitamos migalhas e falta de amor. Não é possível mais aceitar o pouco, quando transbordamos por dentro.

A diferença entre solitude e solidão está mesmo no “animus”, no sentir, na presença. Solitude é êxtase, enquanto solidão é falta, é ansiedade, dependência.

A solitude traz a intensidade, satisfaz-se em si. Estar em solitude é uma necessidade humana, senão um requisito para a felicidade. Mostra quem sim, quem não e afasta as dependências emocionais.

Uma dica que sempre dou, principalmente às mulheres que desejam se autoconhecer e explorar mais esse campo é: “Leve-se para viajar, sozinha!”

Tenha um tempo para si num outro lugar, com outras pessoas, numa nova rotina, mas vá sozinha! Essa solidão logo se transformará em solitude, pelo simples prazer de explorar novas possibilidades, pelo fato de você gerar autocuidado, de se atender, permitir-se ouvir, atender às próprias necessidades e desejos.

Permita-se este “explorar”! E nessa viagem para fora, não deixe de viajar para dentro: encontre o silêncio que o habita e sinta essa paz que faz parte do seu ser.

Silencie os medos, as angústias, a ansiedade. Silencie e apenas seja, no aqui e agora. Medite. O caminho do autoconhecimento lhe trará inúmeras surpresas, descobertas e despertará em você um amor por si até então adormecido.

Nascemos sozinhos, morremos sozinhos. Nesta breve vida, cruzamos com pessoas que somam, trazem seus ensinamentos, deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.

Nada é, tudo está, mas no fim, fica apenas você com você… para a eternidade. Cuide-se bem!








É jornalista, atriz e tem a comunicação como aliada. Escritora por natureza, tem mania de preencher folhas brancas com textos contagiados por suas inspirações.