Se alguém nos rejeita, nos ofende injustamente ou ignora a nossa presença, sentimos a atitude desagradável penetrar a nossa carne como a lâmina muito fina e muito fria de um punhal mortal. Por quê?

Quem se valora pelo olhar alheio, está sempre nas mãos dos outros, sujeito a ser esmagado a qualquer momento.

Achamos que nos amamos.

Achamos porque desejamos coisas boas para nós.

Desejamos um bom emprego, uma vida social animada, uma casa confortável, alguém para amar e nos amar.

Porém, se alguém nos rejeita, nos ofende injustamente ou ignora a nossa presença, sentimos a atitude desagradável penetrar a nossa carne como a lâmina muito fina e muito fria de um punhal mortal.

Por quê?

Porque lá no fundo, em uma parte escondidinha do nosso coração, acreditamos que por alguma razão a ofensa tem o seu fundo de verdade e demos lá os nossos motivos para sermos rejeitados ou ignorados.

Concordo que às vezes realmente pisamos na bola e recebemos o troco.

Não me refiro a este tipo de situação. Me refiro a um tipo de contexto em que você é educado, gentil, prestativo e leva torta na cara sem saber o porquê.

Nunca entenderemos realmente as reais motivações das pessoas.

Cada um de nós é um universo complexo e vasto, cheio de obscuridades, muitas vezes, para nós mesmos.

Se em muitos casos não compreendemos nem os nossos sentimentos, como poderemos entender com clareza os alheios?

O mais importante é não se subjugar porque o outro não nos aplaudiu, virou a cara quando sorrimos e não respondeu ao nosso bom dia.

O mais importante é não se recriminar porque o outro não simpatiza com a gente, não concorda com o nosso jeito de ser e prefere conversar com outras pessoas.

O mais importante é não se culpar porque quem amamos não nos amou.

Você não é sem graça só porque quem você amou não viu encanto algum em você.

Você não é a última das mulheres ou o último dos homens só porque quem você amou, preferiu namorar alguém que você considera um/uma idiota ou até mesmo preferiu ficar sozinho/sozinha.

No dia em que você se amar mesmo, para valer, a opinião de ninguém contará tanto assim porque lá no fundo o que importa mesmo é como nos vemos e como nos acolhemos.

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Viciada em café, chocolate, vinho barato, filmes bizarros e pessoas profundas. Escritora compulsiva, atriz por vício, professora com alma de estudante. O mundo é o meu palco e minha sala de aula , meu laboratório maluco. Degusto novos conhecimentos e degluto vinhos que me deixam insuportavelmente lúcida. Apaixonada por artes em geral, filosofia , psicanálise e tudo que faz a pele da alma se rasgar. Doutora em Comunicação e Semiótica e autora de 7 livros. Entre eles estão "Como fazer uma tese?" ( Editora Avercamp) , "O cinema da paixão: Cultura espanhola nas telas" e "Sociologia da Educação" ( Editora LTC) indicado ao prêmio Jabuti 2013. Sou alguém que realmente odeia móveis fixos.