A NASA emitiu um novo alerta sobre uma intensa tempestade solar que já causou apagões de rádio em algumas regiões do planeta. O evento, classificado como uma erupção solar de classe X2.7, é o mais poderoso registrado em 2025 até agora — e pode ser apenas o começo.
O que é uma tempestade solar?
Uma tempestade solar acontece quando o Sol libera uma grande quantidade de energia e partículas carregadas em direção ao espaço. Em alguns casos, esses eventos podem atingir a Terra, assim, interferindo nos nossos sistemas de comunicação, energia e até em satélites em órbita.
De acordo com a NASA e a NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA), a erupção registrada em 14 de maio veio da região mais ativa do Sol no momento, o que aumenta o risco de novos impactos.
Quais foram os efeitos até agora?
O principal impacto registrado foi uma interrupção temporária nas comunicações por rádio de alta frequência no Oriente Médio, Europa e partes da Ásia. O fenômeno aconteceu por volta das 05h25 (horário de Brasília) e durou cerca de 10 minutos.
Contudo, os especialistas alertam que novas interrupções podem ocorrer nos próximos dias, dependendo da intensidade e da direção das próximas erupções solares.
Quais são os riscos para a Terra?
Segundo os cientistas, uma tempestade solar de grande escala pode gerar os seguintes efeitos:
- Interferência em sinais de GPS e rádio
- Falhas na rede elétrica em alguns países
- Danos a satélites e equipamentos espaciais
- Ameaças à saúde de astronautas em missões fora da atmosfera terrestre
- Aparecimento de auroras em latitudes incomuns
Essas auroras — conhecidas como Luzes do Norte ou do Sul — ocorrem quando partículas solares colidem com a atmosfera da Terra, produzindo um espetáculo de luz visível em áreas como Alasca, Montana, Minnesota e até partes de Michigan e Wisconsin.
O que torna essa tempestade tão preocupante?
A erupção atual veio da mancha solar AR4087, que está se movendo para uma posição diretamente voltada para a Terra. Dessa maneira, podendo aumentar significativamente o risco de futuras ejeções de massa coronal (CMEs), que são ainda mais perigosas do que as erupções solares comuns.
“Essa região ativa está se tornando mais visível e a liberação de energia pode comprometer sinais de GPS e comunicações”, disse Vincent Ledvina, cientista do Laboratório de Pesquisas da Força Aérea dos EUA.
Além disso, o Sol está se aproximando do pico do seu ciclo solar de 11 anos, período em que essas atividades se tornam mais frequentes e intensas.
Devemos nos preocupar?
Apesar dos alertas, a maioria das pessoas na Terra está segura. A atmosfera e o campo magnético do planeta funcionam como um escudo natural contra a radiação prejudicial. No entanto, os sistemas tecnológicos modernos são vulneráveis — e é por isso que as agências espaciais monitoram a situação de perto.
Segundo a NOAA, a probabilidade de novas erupções significativas nos próximos dias é baixa. Mesmo assim, satélites e redes de energia seguem em alerta.
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