Querido Desconhecida (o),
Há tempos quero lhe falar.

Sinto falta da sua amorosidade nas palavras, na verdade sinto falta das curvas confortantes que antes jorravam continuamente.

Não vai existir momento e formato certo. Não irá nascer palavra mais doce do que a sua própria.
Paciência com o mundo ao redor, ele apenas reflete o que deseja internamente. Chacoalhá-lo não irá torná-lo mais límpido.

Respire e realize as conquistas de hoje.

Olhe vagarosamente o que as últimas semanas trouxeram e sem ansiar, planeje os dias removendo imposições de controle.
Você sabe que está tudo bem de verdade e que os medos estavam relacionados com e sobre receber amor.

Tanto amor.

Dá mesmo medo, afinal tudo é novo.
Dá mesmo insegurança, afinal foi o que foi e é o que é. Nada parecido com as ideias anteriores.

Deixe ir aqueles que desejam e sofrem.
Deixe ir aquilo que não completa e satisfaz como antes.
Você vive o novo hoje, aproveite para explorá-lo.

Aproveite para confiar em si mesma e entregar o seu melhor, aquele que você negou por boa parte do tempo.

Não tenha medo de ser a versão mais “porreta” de si mesma. Ficar feliz por mais tempo, só torna a vida mais colorida do que antes. E quanto mais cor, mais amor. Quanto mais amor, mais liberdade.

Eu te amo pela sua coragem de fazer diferente.
Eu te amo pela sua coragem em fazer igual por escolha consciente e posicionamento.

Esta é a chave do equilíbrio, manter-se é o desafio.

Com amor,
Elisa.








Eu escrevo desde criança, fui inspirada por meu avô Hildebrando Affonso de André, o poder das palavras. Sou uma escritora de cartas, escrevo cartas endereçadas para as pessoas que me pedem, todas elas são escritas pensando em uma pessoa especial que me enviou um pedido em particular, mas elas acabam servindo para todos nós! Quer uma carta também? Isa Motta, escritora de cartas, apaixonada por pão de queijo e brigadeiro, mãe da Olívia.