O corpo fala e nos mostra que está no limite o tempo todo! Sentimos sede, fome, sono, necessidades fisiológicas, dores e especialmente as mulheres, em seus ciclos femininos, e durante a gestação, podem sentir, mudanças bruscas, e o forte impacto que a natureza tem sobre elas, que as fazem ficar mais ou menos interiorizadas, mais ou menos estressadas, é como se o corpo estivesse falando e outras horas gritando… por socorro!

Tatyane Nicklas disse bem: “O corpo fala o que a alma clama”. Quem discorda?


Antes de mais nada, antes de tomar um remédio no automático, precisamos aprender a escutar nossos sinais.

Uma vida sem limites, regras, fronteiras, muitas vezes nos parece atraente. Ultrapassar ou superar os nossos limites também. Traz uma aura de rebeldia adolescente misturada a uma certa dose de euforia, afinal, adoramos a palavra “ilimitado”!

Por outro lado, se nos sentimos desrespeitados, se fomos humilhados, se passamos por situações tristes e complicadas, na maior parte do tempo, salvas restritas exceções, aqueles que cavaram a cova bem funda fomos nós mesmos, justamente por não escutarmos os nossos limites e necessidades.

Você sabe ouvir os seus sinais? Quais são os seus limites e as suas necessidades?

É disso que estou falando! Os limites na verdade começam no nosso corpo, a pele é o nosso grande continente, que faz a fronteira corporal entre o mundo externo e interno.

Algumas pessoas andam para vida totalmente desavisadas e desatentas aos sinais de esgotamento que seu corpo e sua mente estão, constantemente tentando avisar, com dores, enjoos, tonturas, falta de ar, entre muitos outros alertas que poderíamos ficar o dia todo relatando.

Alguns homens, por exemplo, costumam guardar os sentimentos e de repente explodir em raiva ao ver um fio de cabelo da esposa no ralo do banheiro… Eles já vinham dando sinais de esgotamento, mas o fio de cabelo é o estopim para poderem extravasar toda a raiva que eles tentavam abafar.

Percebo que muitas vezes estamos tão preocupados em pertencer, agradar, parecer e nos ajustar ao meio, que vamos negando, dia após dia, nossas sensações, nossos desejos autênticos, nossos sentimentos, nossas necessidades e deixamos de atentar para os nossos limites.

Na verdade nosso corpo conversa com a gente o tempo todo! Mas o quanto estamos conectados para escutar?

Quantas vezes o corpo pede cama e insistimos em virar a noite em uma festa?

Ou a alma pede festa e ficamos em casa por não ousarmos fazer algo diferente?

Os pés pedem sapatos confortáveis, mas escolhemos o salto alto que vai ficar mais bonito?

O corpo pede movimento e permanecemos sedentários?

Ou o corpo pede descanso e continuamos exaustivamente nos movimentando?

Quantas vezes insistimos em estar com uma, ou um grupo de pessoas, que nos suga a energia?

Aquela dorzinha que você está sentindo há meses, mas nunca vai ver porque o trabalho e os compromissos são sempre mais importantes?

E para fechar ainda tem “aquela pessoa” que fere a sua dignidade e você continua mandando aquele “oi” vez ou outra?

Não se torne refém do mundo e do outro

Calar o corpo é viver uma vida sem bússola. Quando não podemos consultar nossas sensações, sentimentos e necessidades para tomar nossas decisões, nos tornamos reféns das direções e dos desejos do mundo e do outro.

O corpo deveria ser soberano e quando ele fala, é importante que estejamos atentos para escutá-lo. Sempre penso que a mente, “mente”, a boca mente, mas o corpo não mente jamais!

Precisamos escutar os seus sinais…








Psicóloga clínica, terapeuta corporal, consteladora familiar e orientadora profissional. Escritora e facilitadora de workshops, palestras e grupos terapêuticos que visam auxiliar as pessoas a reconhecer e ativar sua potencia de realização e alegria de viver através da reconexão com a sua verdadeira essência, do profundo cuidado com o sentir e com o poder de expressar suas emoções mais genuínas. Desenvolve trabalhos personalizados para grupos e empresas.