Quando se estuda a Disciplina Positiva, você passa a olhar e a entender o comportamento não só do seu filho, mas das pessoas! E mais do que enxergar o alheio, você se conecta com sua criança interior, traz à tona sentimentos que lhe permitem entender os seus medos, inseguranças e traumas, permitindo-nos recomeçar, curar-nos de feridas, que, talvez, estivessem “encobertas” para que acreditássemos que tudo que foi feito conosco serviu para o nosso bem e que merecíamos tudo! Mesmo que esse TUDO, fossem coisas que nos ferissem emocionalmente e fisicamente.

As pessoas, em alguma parte da nossa existência, não foram ensinadas a se comportarem! Elas foram castigadas, por não saberem se comportar. E sobreviveram!

Criar sobreviventes implica em vários problemas emocionais e crenças distorcidas!

O mundo não precisa de sobreviventes, precisa de seres humanos que cresçam emocionalmente saudáveis, que sejam resilientes, empáticos, com autoestima e com habilidades de vida e sociais!

E é pensando nisso que eu estava refletindo sobre o que eu desejo para minha pequena, Maria Alice!

Hoje em dia, fala-se muito em ser bem-sucedido, independente. As agendas das crianças estão cada dia mais ocupadas, o tempo da infância “descompromissada” está cada vez extinto, mas justificamos que é para o bem dos nossos filhos, futuramente.

Mas se ser bem-sucedido significa passar 18 horas do meu dia mergulhada no trabalho, para conseguir dar um padrão de vida que supostamente é o melhor para as pessoas, e como consequência perder as fases de vida da minha filha, eu não quero ser bem-sucedida.

Se para isso eu tiver que perder os eventos escolares, por estar em viagens a trabalho, eu prefiro perder essas viagens.

Se para isso eu tiver que compensar minha ausência com presentes caros, eu prefiro não ter nada de material para oferecer. Porque, no mundo de hoje, não basta termos somente o essencial, a vaidade e o consumismo nos faz perder o que temos de mais importante nessa vida: sermos e estarmos presentes com as pessoas que mais amamos.

O mundo carece de amor e é amor que quero oferecer a minha filha.

Não quero dar a ela tudo de melhor do mundo, eu quero dar-lhe tudo de melhor de mim.








Papel e caneta sempre foram meus confidentes . Nele consigo expressar os meus mais sinceros sentimentos e espero poder toca-lós e ajudá-los com que escrevo sobre a vida e o meu cotidiano! Escrever é uma arte e é aqui que me sinto à vontade.