Por muitos anos, o autismo foi tratado como um único transtorno do espectro, variando apenas em grau de intensidade. Porém, essa visão ampla nem sempre reflete a realidade de cada criança.
Dessa maneira, deixando famílias confusas e profissionais de saúde sem ferramentas claras para oferecer apoio adequado.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Penn State University, que analisou dados de mais de 5 mil crianças, o que chamamos de autismo pode, na verdade, ser dividido em quatro subtipos distintos.
Essa nova descoberta pode revelar diagnósticos mais precisos, assim, resultando em orientações personalizadas às famílias e planos de suporte ajustados às necessidades de cada pessoa.
O estudo avaliou mais de 230 características comportamentais de 5.392 crianças do projeto SPARK e encontrou quatro grupos principais, cada um com perfil próprio:
Maior grupo identificado. As crianças apresentam dificuldades em interpretar sinais sociais e podem ter comportamentos repetitivos. O desenvolvimento cognitivo costuma ser médio, mas as maiores barreiras estão na interação social e no controle das reações emocionais.
Essas crianças demonstram sinais de autismo que exigem suporte, mas de forma menos intensa. Geralmente, conseguem se adaptar em alguns contextos, embora enfrentem dificuldades com regulação emocional e mudanças inesperadas.
Além dos traços clássicos do autismo, apresentam atrasos no desenvolvimento motor ou de fala, além de dificuldades em habilidades de autocuidado. Esse grupo costuma ter características sobrepostas a outros transtornos do neurodesenvolvimento.
O menor grupo, mas o que exige maior suporte. Essas crianças enfrentam desafios significativos em múltiplas áreas: comunicação, aprendizado e interação social. Muitas têm habilidades verbais limitadas e necessitam de apoio contínuo e intensivo ao longo da vida.
Ao cruzar os dados comportamentais com análises genéticas, os cientistas descobriram que cada subtipo está associado a um perfil genético diferente.
Nos Grupos 1 e 2, observaram-se combinações de variantes genéticas ligadas a condições como TDAH e mutações com impacto moderado no desenvolvimento.
Essa diferenciação genética reforça o motivo pelo qual muitos exames tradicionais não identificam a causa do autismo: ao tratar tudo como uma única condição, os sinais específicos de cada grupo acabavam diluídos.
Embora esses subtipos ainda não façam parte do diagnóstico oficial, a descoberta já pode ajudar pais e profissionais a compreender melhor os perfis individuais. Algumas ações práticas incluem:
Portanto, a partir dessa nova descoberta, as famílias reforçam algo que já sentiam: cada criança no espectro é única. Ao identificar quatro tipos de autismo, a ciência dá um passo importante rumo à personalização dos cuidados, com terapias e intervenções mais ajustadas a cada perfil.
Embora ainda leve tempo para que os protocolos clínicos mudem, o avanço traz esperança de que, em breve, os tratamentos deixem de ser “tamanho único” e passem a refletir a singularidade de cada pessoa no espectro autista.
Imagem de Capa: Canva
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