Eu nunca disse que correr atrás de alguma coisa, da realização de algo ou, puxando para o lado de relacionamento, ir atrás de quem se quer… seja errado. Muitas vezes, precisamos sim, nos envolver mais, precisamos de mais ousadia para se conquistar alguém! E vá que a outra pessoa é extremamente tímida? Se ninguém der o primeiro passo fica mesmo muito difícil de existir um possível relacionamento ou, quem sabe, uma linda e bafônica história de amor!

O que eu observo muito hoje é justamente isso: muita intensidade nos sentimentos e pouca ousadia pra ir até onde quer, pra ir em busca daquilo que você escolheu (mesmo que tenha sido lá… uma escolha ruim!). Existe muito “conceito” no meio de duas pessoas, muitos pensamentos tipo “será” “e se” entre possíveis amantes! E o que vejo acontecendo muito são pessoas que se gostam, cada qual em seu canto sem coragem de se aproximar. Motivo, qualquer!

Medo de rejeição, medo de amar, medo de não ser correspondido, de repetir experiências ruins, de não suprir expectativas… enfim. Eu percebo que quanto mais velho a gente fica, mais complicado fica essa questão de correr atrás de uma pessoa.

Na verdade, o termo “correr atrás” nem é tão interessante assim, passa uma ideia tosca do desespero, do pegar sem pedir licença. Mas não é bem disso que estou falando. Estou falando de você ir até onde quiser ir, mesmo que não alcance o resultado que se esperava.

Digamos que você esteja muito afim de alguém e esse alguém não se manifesta, não se aproxima, sorri pra você às vezes, mas não toma nenhuma iniciativa. Não vejo nada de mal em você tomar a iniciativa, sendo você homem ou mulher. Normalmente, criamos muitos padrões comportamentais entre homens e mulheres, falando da diferença na conquista entre um e outro, mas no fritar dos ovos, a questão é uma só: você se apaixona por alguém e deseja conquistar esse alguém. As formas e artimanhas que se usa pra chegar a esse ponto, fica mesmo por conta de cada um.

Mas onde quero chegar. Quero chegar aqui, neste ponto, onde você foi e de tudo fez para conquistar aquela pessoa danada e… NADA. Não teve retorno, não teve sinais verdes, nem olhares, nem absolutamente nada que te diga que existe uma pequena, uma partícula que seja de possibilidade de conquista. Resumindo: o outro não te quer. Deu pra entender? Você até que tentou, fez tudo direitinho, leu receitinhas de conquista, usou seu charme poderoso, leu tudo sobre o signo dele(a) e como conquistar aquele signo (vai que cola!?) e mesmo assim, não obteve sucesso.

Vai continuar mesmo correndo atrás? Rastejando, chorando, implorando, usando todo seu estoque de sedução? NÃO. Você não vai fazer isso, porque, se fizer, já começa ser errado.

A brincadeira tava boa, não tava? Correr atrás de alguém, ou melhor, ir para a conquista de uma pessoa NÃO É ERRADO. Errado, meu amor, é você persistir quando fica bem claro feito o dia que não há sequer uma mínima chance de conseguir aquilo que você quer.

Muita gente ainda passa muiiitooo tempo insistindo porque vê coisa onde não tem. Fica tão focado na vontade de conseguir o que quer que não percebe os nítidos sinais que são mandados diariamente… O coração passa a ser seu único guia e, claro, logo vem a bendita cegueira que não nos deixa ver o quanto estamos sendo tolos e idiotas.

Doeu, né?
Mas dói mesmo. Dói saber que não conseguimos o que queríamos mesmo se isso tiver sido amor verdadeiro ou um simples capricho. De qualquer forma acaba doendo mesmo.

Mas fica aqui o meu conselho caso você tenha medo de investir na conquista, caso você tenha medo de se aproximar… APROXIME-SE, chegue perto, chega junto, conheça o outro, vá até onde deseja ir. Porém, se o resultado não for o que esperava, RETIRE-SE, da mesma forma que se aproximou. Simplesmente. Se não houver nada pra você ali, então saia. Persistir em nada é desgaste de energia e perda de tempo e a gente não tem tempo a perder com quem não gosta da gente, não é mesmo? Bora gastar essa energia pra outro lado até, quem sabe, uma hora as coisas dão certo?








Escritora, blogueira, amante da natureza, animais, boa música, pessoas e boas conversas. Foi morar no interior para vasculhar o seu próprio interior. Gosta de artes, da beleza que há em tudo e de palavras, assim como da forma que são usadas. Escreve por vocação, por amor e por prazer. Publicou de forma independente dois livros: “Do quê é feito o amor?” contos e crônicas e o mais espiritualizado “O Eterno que Há” descrevendo o quão próximos estão a dor e o amor. Atualmente possui um sebo e livraria na cidade onde escolheu viver por não aguentar ficar longe dos livros, assim como é colunista de assuntos comportamentais em prestigiados sites por não controlar sua paixão por escrever e por querer, de alguma forma, estar mais perto das pessoas e de seus dilemas pessoais. Em 2017 lançará seu terceiro livro “Apaixonada aos 40” que promete sacudir a vida das mulheres.