Sabe, existe vida lá fora. Abre a janela, escancara o peito, respira fundo. Pare de se esconder embaixo das cobertas como a criança que teme o monstro de sete cabeças ou a bruxa malvada. Enquanto você fica num canto qualquer reclamando, ali do outro lado, no mundo real, a vida acontece, com ou sem as suas birras, com ou sem o seu consentimento. Contigo estático ou em pleno movimento.

Atitude. Está aí uma palavra que me encanta, ainda mais quando posta em prática. Não gosto desta coisa morna de ficar esperando que as oportunidades caiam do céu. Isso se chama comodidade, conformismo, falta de perspectiva e ambição. Uma combinação tão letal como o idoso jovem de meia idade enraizado no sofá, com meias velhas e pijama listrado, numa ensolarada tarde de domingo, aumentando o volume da televisão para abafar o riso descontrolado, carregado de boas energias, das crianças que brincam sorridentes na rua as gargalhadas.

Do céu, só a chuva que molha a terra e refresca a alma cai naturalmente. No restante, não adianta ficarmos esperando as coisas acontecerem sem darmos a nossa contribuição. Atitude é muito mais eficaz que a sorte. Lutar por aquilo que se deseja é o impulso para que o que pedimos em prece se torne realidade.

Não existe vitória sem esforço. Não existe luta sem suor. Não existe benção sem ser merecedor. Pare de buscar o estritamente perfeito, de querer sempre o melhor, de esperar o inesperado. Exercite-se, erre, aprimore-se. Tente.

Aposte em você, todas as suas fichas. Seja seu investidor. Quando o mundo inteiro achar que já conhece todas as suas versões, reinvente-se. O nascer e findar do dia é muito mais que uma constante. É uma oportunidade de recomeço. É o encerrar e iniciar de um ciclo. Assim, lave o rosto, tome um banho frio, alimente o corpo e a alma e encare os leões famintos que lhe dão bom dia. Só tropeçará em pedras, aquele que se lança a caminhadas, que se dispõe a percorrer novos trajetos.

Não temos a certeza que ao nos arriscarmos, conquistaremos aquilo ao qual nos propusemos, mas nem por isso, como disse Augusto Branco, deixaremos de viver: “A vida não vem com manual de instruções nem garantias, então se você encontra algo bom e quer isso para si, arrisque-se. Não há outro modo. Toda vez que você não arrisca, você garante certo conforto, você não se machuca. Mas quer saber? Isso é deixar de viver”.

Então, arrisque-se: o mundo não é para os covardes!








Jornalista, balzaquiana, apaixonada pela escrita e por histórias. Alguém que acredita que escrever é verbalizar o que alma sente e que toda personagem é digna de ter sua experiência relatada e compartilhada. Uma alma que procura sua eterna construção. Uma mulher em constante formação. Uma sonhadora nata. Uma escritora que busca transcrever o que fica nas entrelinhas e que vibra quando consegue lançar no papel muito mais que ideias, mas sim, essências e verdades. Um DNA composto por papel e tinta.