Ter uma herança bilionária é o sonho de muita gente. Para Marlene Engelhorn, no entanto, isso se tornou um dilema moral — e também uma missão de vida.
Recentemente, a descendente de uma das famílias mais ricas ligadas à indústria química europeia, surpreendeu a todos ao anunciar que pretende doar a maior parte do dinheiro que recebeu.
A jovem alega que sua riqueza não foi fruto de esforço próprio, mas apenas de uma “loteria de nascimento”.
Marlene mora em Viena e é herdeira indireta de Friedrich Engelhorn, fundador de uma das maiores empresas do setor químico no mundo. Após a morte da avó, ela recebeu uma fortuna estimada em bilhões, sem que precisasse pagar imposto sobre herança, já que a Áustria aboliu essa cobrança em 2008.
Mesmo ciente do privilégio, ela passou a enxergar essa situação como um exemplo claro de desigualdade estrutural.
“Eu não fiz absolutamente nada para merecer essa riqueza”, declarou em entrevistas. “E ainda assim, o sistema me permite ficar com tudo.”
Portanto, Marlene decidiu iniciar um projeto inusitado: convidar cidadãos comuns para decidir como parte da fortuna será usada.
Dessa forma, ela enviou milhares de convites, de forma aleatória, para pessoas de toda a Áustria. O objetivo é formar um conselho de cidadãos que representam diferentes idades, classes sociais e origens.
Esse grupo ficará responsável por discutir e determinar como milhões de euros serão distribuídos em causas sociais, projetos comunitários e iniciativas de impacto coletivo.
Caso algum participante desista, suplentes serão chamados para manter o funcionamento do conselho.
Para Marlene, sua decisão não é apenas filantrópica, é também um ato político. De acordo com ela, se o próprio Estado não cumpre o papel de reduzir a desigualdade, então cidadãos privilegiados precisam agir por conta própria.
Ela critica o fato de trabalhadores comuns pagarem impostos altos enquanto heranças multimilionárias seguem praticamente intocadas em alguns países europeus.
Nas palavras da herdeira, isso representa uma profunda falha do sistema governamental.
As reuniões do conselho acontecem com total estrutura de apoio:
A intenção é garantir que todas as vozes tenham espaço real de participação nas decisões. Para Marlene, isso não é caridade, mas sim um exercício de democracia aplicada.
Marlene irá doar grande parte da sua fortuna, porém, irá manter uma parcela para garantir sua segurança financeira no futuro. No entanto, ela não costuma divulgar valores exatos, mantendo discrição sobre essa parte dos recursos.
O que se sabe é que a iniciativa não se trata de uma ação performática, mas de um movimento estruturado e consciente.
Em um mundo marcado pela concentração de riqueza nas mãos de poucos, a atitude da jovem herdeira chama atenção por ir na contramão. Sua história provoca um debate importante: herdar uma fortuna é um direito absoluto ou uma responsabilidade coletiva?
Ao transformar a própria herança em um instrumento de mudança social, Marlene Engelhorn se tornou um símbolo de uma nova consciência entre os super-ricos.
Imagem de Capa: Reprodução
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