Nesta sexta-feira (15), o influenciador digital Hytalo Santos foi preso em Carapicuíba, na Grande São Paulo, por determinação da Justiça da Paraíba.
A ação foi conduzida por agentes da 3ª Delegacia de Investigações sobre Estelionato e Crimes Contra a Fé Pública (DIG), do Deic, com cumprimento de mandado de prisão temporária e buscas no endereço onde ele foi localizado.
Origem da prisão
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, a prisão está ligada a um inquérito em andamento no Ministério Público da Paraíba (MP-PB), que investiga o influenciador desde 2024.
Os advogados de Hytalo classificaram a medida como “extrema” e afirmaram que ainda não tiveram acesso à decisão judicial que embasou a prisão. Eles também adiantaram que poderão entrar com pedido de habeas corpus.
O que motivou a investigação
Hytalo Santos se tornou assunto no Brasil inteiro após o influenciador Felca publicar um vídeo em que denúncia e faz acusações contra Hytalo. No material, Felca acusou Hytalo de publicar conteúdos com adolescentes, apelidados por ele de “turma do Hytalo” ou “filhos”, em contextos com conotação adulta, incluindo danças sensuais.
Segundo o vídeo, esse tipo de conteúdo é impulsionado por algoritmos das plataformas, potencialmente abastecendo redes “predadores” e promovendo a chamada “adultização”, termo que descreve a exposição precoce de crianças a comportamentos e responsabilidades que não correspondem à sua idade.
Ação judicial e restrições
Na última terça-feira (12), a Justiça da Paraíba já havia determinado:
- Suspensão dos perfis de Hytalo nas redes sociais;
- Bloqueio de monetização do conteúdo;
- Proibição de contato com menores de idade.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) proíbe qualquer exploração que viole a dignidade e a intimidade de crianças e adolescentes, prevendo pena de seis meses a dois anos de prisão para quem cometer esse tipo de crime.
Repercussão nas plataformas
O TikTok informou que já havia banido os perfis de Hytalo em abril de 2023 e novamente em junho de 2025.
A denúncia de Felca também gerou pressão popular e levou parlamentares a apresentarem projetos de lei para endurecer a punição contra a exploração de menores na internet.
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Imagem de Capa: Reprodução/Instagram