Homem é condenado a pagar mais de R$1 milhão à ex-mulher por 24 anos de trabalho doméstico.
Seu marido não permitia que ela trabalhasse fora de casa, o que a deixou financeiramente dependente dele. Mãe de duas filhas, ela se tornou uma empregada dentro de casa, e é isso que acontece com milhares de mulheres pelo mundo a fora.
“Isso me fez sentir ameaçada, sem valor e com minha autoestima perdida. Me senti muito isolada”, contou ao Uol.
O tribunal espanhol condenou um homem a pagar mais de 200.000 euros (cerca de R$ 1,1 milhão) à sua ex-mulher por mais de 24 anos de trabalho doméstico não remunerado. A sentença aconteceu em março de 2023 e foi vista como um marco significativo na luta pela igualdade de gênero. A notícia foi recebida com entusiasmo pela comunidade internacional, especialmente, porque aconteceu às vésperas do Dia Internacional da Mulher.
O tribunal decidiu que Ivana Moral deveria ser compensada com base no Salário Mínimo Interprofissional em cada ano desde 1996, o que totalizou o valor de 204.624,86 euros. A sentença afirmou que a mulher se dedicou “essencialmente ao trabalho doméstico” desde o início do casamento, cuidando da casa e da família. Ela também ajudou seu marido em suas academias como relações públicas e monitora, além de outras tarefas.
A mulher, mãe de duas filhas, afirmou em entrevista que seu marido não permitia que ela trabalhasse fora de casa, o que a deixou financeiramente dependente dele. Ela se dedicou exclusivamente às tarefas domésticas, cuidando do marido e das filhas, e ajudando-o em seus negócios. Durante o casamento, ela não se sentiu maltratada, mas com o tempo, percebeu que sua dependência econômica era uma forma de abuso.
“SENTIA COMO SE TODA MINHA CAPACIDADE ESTIVESSE DIMINUÍDA E LIMITADA. ISSO ME FEZ SENTIR AMEAÇADA, SEM VALOR E COM MINHA AUTOESTIMA PERDIDA. ME SENTI MUITO ISOLADA”, DISSE ELA.
A sentença do tribunal não apenas determinou a indenização para a mulher, mas também ordenou que o homem pagasse uma pensão mensal para sustentar suas filhas. A decisão foi saudada como um passo importante para reconhecer o valor do trabalho doméstico e reduzir a desigualdade de gênero no país.
“(Estou) muito feliz porque acho que” a sentença “foi bem merecida”, disse Ivana, lembrando que durante o casamento não se sentia maltratada. “Mas com o tempo fui abrindo meus olhos (…) A dependência econômica também é uma forma de maltrato”, concluiu.
À rádio Cadena Ser, a mulher explicou que o marido “não queria que eu trabalhasse fora”, embora ela o ajudasse nas academias das quais era proprietário, encarregada de “relações públicas, atuando como monitora, enfim, com tudo o que podia”. Além disso, “me dediquei exclusivamente aos afazeres domésticos, a cuidar do meu marido, a cuidar da casa”.
“Era totalmente dependente financeiramente. Sentia como se toda minha capacidade estivesse diminuída e limitada. Isso me fez sentir ameaçada, sem valor e com minha autoestima perdida. Me senti muito isolada”, explicou à emissora espanhola. “(Estou) muito feliz porque acho que” a sentença “foi bem merecida”, disse Ivana, lembrando que durante o casamento não se sentia maltratada. “Mas com o tempo fui abrindo meus olhos (…) A dependência econômica também é uma forma de maltrato”, concluiu (Com AFP).
*DA REDAÇÃO RH. Com informações UOL e Cadena Ser.
Foto meramente ilustrativa: Foto de Anna Keibalo na Unsplash
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