Gente do bem costuma serenar o meu viver, e colocar sorrisos sinceros em meus dias. Sigo perdido entre qualidades que iluminam e defeitos que escurecem.

Digo sem titubear a todos que me escutam, que me falta coragem para ferir uma alma boa. Que sou incapaz de levantar a voz aos altruístas e que não consigo negar aos generosos.

Sei lá, existe uma força maior que me trava e me sinto impedido de desrespeitar os de bom caráter. Eles sossegam o meu coração.

Gente do bem costuma serenar o meu viver, e colocar sorrisos sinceros em meus dias.

Por isso, jamais perco a calma com gente tranquila.

E se falarem o contrário, é espelho de si próprio. Porque não é uma escolha que faço, apenas obedeço à minha alma.

Ela quem me comanda no amor pelos que amam, e no rancor pelos que ferem.

Se pudesse escolher, dar-lhes-ia a indiferença, mas me insistem a minhas costas e tiram de dentro de mim exatamente aquilo que não gosto e eles, então, também não gostam de mim por puro merecimento, deles e meu, eu sei.

Mas tudo bem, afinal, não ser gostado por quem não quer amar não é uma desvantagem, quiça um livramento.

O problema é que, logo eles, são os vingativos e já que não conseguem me atingir, contaminam aqueles que me importam, porque sabem que esses são capazes de me ferir com sua indiferença, e rejeição.

E os perversos se vingam do que é correto, porque a verdade não satisfaz suas ambições.

Nunca foram meus amigos, mas da falsidade, da calúnia, da difamação. São os manipuladores que inimizam a sinceridade e têm ojeriza da realidade.

São os mentirosos que distorcem o sol por tempestade. Os interesseiros que encenam interessados.
Eles interferem no girar do planeta com sua vibração negativa,agregam peso ao ambiente fingindo que são leves, alguns nem tanto assim.

Enquanto eles sujam o mundo com sua pobreza de espírito, sou pedra no caminho de gente ruim, de gente egoísta e vil, mesmo que seja mais penoso a mim do que a eles, mesmo que eles pisem em quem se mete em seus caminhos, porque para eles, ser inimigo dos bons é viver em paz, embora sem saber o que é amar.

Já a inimizade do mal, traz grandes prejuízos, porque os dissimulados usam armas que os honestos, os que são do bem, não são capazes de usar.

E jamais serão.

Porque aquele que é do bem é incapaz de zelar pela falta de caráter.

Por isso, se alguém falar que sou mal, desconfie do caráter deste ser, pois, apesar de todos os meus erros de tom, sou incapaz de ferir um coração bom.








"Luciano Cazz é publicitário, ator, roteirista e autor do livro A TEMPESTADE DEPOIS DO ARCO-ÍRIS." Quer adquirir o livro? Clique no link que está aí em cima! E boa leitura!