Final de ano tá aí… Hora de fazer aquela tradicional limpeza.

Decidi adiantar as coisas sabe, só pra curtir bem a virada.

Tô olhando minha vida aqui, abrindo umas gavetas e vendo, como a gente guardas coisas inúteis né?!

Eu já fui muito consumista e acumuladora. Não daquelas que aparecem nos programas de TV, que não tem nem como entrar em casa de tanta tranqueira. Mas confesso ter uma estranha mania de guardar potinhos plásticos.

Não me julgue! Eu sei que é estranho. Mas a gente sempre precisa de um potinho. E tem uns tão bonitinhos, sabe?!
Tá, eu sei… É uma mania estranha e inútil, mas eu tô melhorando, eu juro!

Mas o que decidi hoje, foi limpar muito além disso. Decidi me livrar de tudo aquilo que é inútil, pesado e ruim e que mantive o ano todo na minha alma.

Já de cara encontrei aqui aquele agrado falso disfarçado de amor. Ah, vai pro lixo, sem dó.

Gente bisbilhoteira. Hum… Tchau! Amor unilateral. Ih, já vai tarde! Mesquinharia? Xô! Auto piedade… Essa não preciso mais. Rancor? Mágoa? Relacionamentos furados? Amizades por conveniência? Não pensei duas vezes, todos fora daqui.

Vai pra reciclagem também: conversas inúteis, gente rasa, curtida invejosa, comentário maldoso. Relacionamentos meia boca, tóxicos e sem reciprocidade. Bóra limpar!

Faxinoterapia. (Indico como tratamento pra qualquer coisa.)

Vai por mim, cura desde dor de cotovelo até depressão.

Uma bela limpeza não só no nosso mundinho físico mas na nossa alma nos renova, nos acalma e abre caminhos. Já que o novo nunca chegará se não houver espaço!

Crie esse espaço. E deixe o novo entrar. Se dê esse presente!

Mas que grata surpresa, escondidos no meio de tanta bagunça acabei encontrando o amor próprio que tinha perdido, aqueles planos que tanto tenho adiado e alguns antigos e bons amigos. Viu só como é bom fazer uma faxina?

Depois de tudo isso tomei aquele banho com um punhadinho de sal grosso. Botei um pijama limpo e aquela roupa de cama cheirosa e tive a melhor noite de sono da minha vida.

Tudo pronto. E que agora realmente seja um ano NOVO.

Estela Meyer