Eu sempre falarei sobre o tempo, sobre as coisas que estou vivendo dentro dele, não importa a hora. O que eu sou, eu sinto.

Meu hoje é aquilo que escolhi. Eu sempre sentirei o cheiro de café fresco, envolta dentro das boas lembranças, dentro da vontade de ir buscar o que me acolheu e me levou para longe de tudo que eu quis esquecer.

Estarei de volta,não importa o tempo que eu leve, para tentar colocar os sentimentos nos eixos ou simplesmente deixar que eles se resolvam entre si.

Que eu seja uma mera espectadora e mantenha as rédeas da vida menos presas e que eu viva de menos afronta e expectativa.

Eu sempre terei um segredo guardado, e dentro dele, aquele amor da vida toda.

Transitarei naquilo que posso e com mais firmeza no olhar mostrarei que sou terra de ninguém. Apenas me empresto para outra alma sabendo que nada é pra sempre e que enquanto o coração flutua e pulsa sem rejeição ou ironia, nada vira rotina e tudo se transforma.

Talvez, meias palavras não completem o que preciso. O copo cheio transborda.

O amor quando fica não pede para ir. Ele enfrenta, tenta, aprende e deixa acontecer.

Vou entre as coisas que se multiplicam e outras que se encaixam com perfeição no peito.

Azar de quem me deixou a ver navios, sorte a minha que aprendi a navegar em outros mares e conhecer outras paisagens.

Eu sempre estarei em qualquer lugar, desde que eu sinta que posso atravessar as fronteiras que me seguram e travam meu caminho.

Se for para me debruçar em algo bom, que seja o que me anuncie tempos de mais paz e dias menos competitivos.

Só quero me salvar e ser resgatada pelo amparo de quem, assim como eu, já passou por muita coisa nessa vida e mesmo assim, não perdeu o foco do que é preciso para ser feliz.

Eu sei viver de amor. Sei quando é hora de dizer sim.

Amanhã pode ser que tudo mude, que as coisas já não estejam no mesmo lugar, mas eu sei que estarei em mim vivendo o que sinto.

Por isso não me cobro e nem atiço o fogo de quem já se desfez de sentimentos bonitos e optou em transferir-se para outro alguém.

Eu sempre direi a mim mesma que vai dar certo e que cada pequena vitória será um troféu de aprendizado colocado na estante do tempo.

Hoje eu vibro de uma forma diferente. Sem plateia, sem alarde, sem me achar, mas procurando nas esferas do etéreo, o que me faz bem.








Sou Paulista, descendente de Italianos. Libriana. Escritora. Cantora. Debruço-me sobre as palavras. Elas causam um efeito devastador em mim. Trazem-me â tona. Fazem-me enxergar a vida por outro prisma. Meu primeiro Livro foi lançado em Fevereiro de 2016. Amor Essência e Seus Encontros pela Editora Penalux. O prefácio foi escrito pelo Poeta e Jornalista Fernando Coelho. A orelha escrita pelo Poeta e jornalista Ivan de Almeida. O básico do viver está no simples que habita em mim.