Nos últimos anos, medicamentos como Ozempic, Wegovy e Mounjaro estão ganhando popularidade devido à perda de peso. No entanto, um novo estudo revela efeitos surpreendentes no corpo após a interrupção do tratamento.
Embora esses remédios tenham sido inicialmente desenvolvidos para tratar diabetes tipo 2, muitos começaram a utilizá-los com o objetivo exclusivo de emagrecer. Porém, os resultados de uma análise recente mostram que os efeitos podem não ser duradouros.
Ozempic, Wegovy e Mounjaro fazem parte da classe dos agonistas do GLP-1, que imitam um hormônio natural responsável por controlar o apetite. Esses medicamentos enviam sinais ao cérebro de saciedade, reduzem a velocidade da digestão e ajudam a estabilizar os níveis de glicose no sangue.
Essa combinação de efeitos faz com que o indivíduo sinta menos fome e consuma menos calorias ao longo do dia, o que favorece o emagrecimento.
De acordo com estudo liderado pela Universidade de Oxford, a maioria das pessoas volta a ganhar o peso perdido em menos de um ano após parar o tratamento.
O estudo analisou dados de 11 pesquisas anteriores sobre o uso desses medicamentos, incluindo versões mais antigas e recentes. Os resultados foram apresentados no Congresso Europeu sobre Obesidade.
Segundo os pesquisadores, usuários de injeções mais recentes como Wegovy e Mounjaro chegaram a perder em média 16 kg. No entanto, cerca de 9,6 kg foram recuperados dentro de 12 meses após a interrupção.
Dessa forma, revelando que, sem mudanças de estilo de vida, todo o peso perdido pode retornar em menos de dois anos.
A professora Susan Jebb, coautora do estudo e especialista em saúde populacional da Universidade de Oxford, destacou a importância de reavaliar o uso desses medicamentos.
Portanto, ela alerta que, apesar da eficácia inicial, a recuperação do peso acontece de forma rápida quando a medicação é interrompida.
“Esses remédios ajudam bastante na perda de peso, mas quando a pessoa para de tomar, o reganho é muito mais rápido do que após uma dieta convencional,” afirmou Jebb.
Ela também levantou questionamentos sobre o custo-benefício do uso dessas medicações em sistemas públicos de saúde, como o NHS no Reino Unido, se o tratamento não for contínuo.
Os dados reforçam uma discussão importante: os remédios injetáveis podem ser eficazes, porém, não são uma solução definitiva para o controle do peso.
Para que os resultados sejam mantidos, é necessário adotar uma abordagem de longo prazo, que inclua mudanças na alimentação, prática regular de exercícios físicos e acompanhamento médico.
Além disso, especialistas alertam sobre os riscos do uso sem orientação, especialmente quando os medicamentos são utilizados apenas para emagrecer e não no tratamento da diabetes tipo 2, sua indicação original.
Antes de iniciar qualquer tratamento com foco em emagrecimento, o ideal é buscar orientação profissional para avaliar riscos, benefícios e alternativas mais sustentáveis.
Imagem de Capa: Canva
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