Estamos de mãos atadas, com os corações espremidos, e almas enlutadas! Clamamos pela cura!

Está difícil viver, resistir, ver uma luz no fim do túnel.

Estamos minimamente armados nesta guerra.

Nosso inimigo, invisível, grandioso e algoz, nos parece, muito maior que nós. Ele é ardiloso, sorrateiro, devastador.

Está ali, onde a gente não vê, cegos pela luta ainda mais pesada, do buscar sobreviver.

O ringue e o tapume deixaram de ter medidas padronizadas. Tornaram-se da grandeza do universo.

Não tem mais receita. Não tem mais bula.

Ora-se pela cura.

Cuidar de si e do outro, não é mais a fórmula perfeita. Nem mesmo a conta dos mortos, nos parece exata.

É um fecha aqui, abre ali. Nem oito e nem oitenta. Não tem herói e nem bandido. Vilão ou mocinho. Tem sangue e lágrima.

Estatísticas que escondem rostos, corpos, mortos e histórias.

De quem chora a morte, de quem se entrega a falência, de quem jogou a toalha, de quem perdeu todos ou tudo o que tinha.

De uma vez por todas, no ponto que chegamos, é impossível defender bandeiras.

Não existe lado A ou B.

Existe um todo, deteriorado, historicamente negligenciado.

A pandemia nos unificou de uma forma que nenhum tratado de paz conseguiu até hoje, nenhuma religião ou irmandade.

Não se trata de bondade ou maldade, se trata de incapacidade, incompetência, ilegitimidade.

Fugiu de nossas alçadas.

Desacostumamo-nos com abraços, rogamos todos por um mundo sem máscaras, e mesmo devidamente mascarados, não estamos seguros.

Perdemos o rumo e o prumo.

Não mais nos reconhecemos.

Sobrou tempo para perdemos o foco. E nesse desfoque, nossa zona de conforto se desfragmentou.

Nem o lar é mais sagrado. A partícula nunca foi tão frágil.

A indiferença a dor do outro, nunca doeu tanto em quem ainda se importa.

Fecharam-se todas as portas. Estamos de mãos atadas, com corações espremidos, de almas enlutadas.

A vida foi reduzida a uma espera, em tempos onde quem dita as regras é a ansiedade coletiva, que aguarda paralisada, tudo isso passar.

Perdemos a noção do espaço, dos dias. Parece que foi ontem que a nossa geração se deparou com a palavra: pandemia.

Tivemos que largar a mão, uns dos outros e, já que descemos todos os degraus possíveis, nesse recuo histórico.

Já que nos sentimos cada vez mais solitários, por entre a gente.

Que dobremos nossos joelhos, nos agarremos na fé e na ciência, para que unifiquemos nossas vozes, clamando pela cura, pela multiplicação da vacina, por um prato de comida na mesa, pela piedade divina, para que enxerguemos uma luz no fim do túnel que nos engole.

Que deixemos de tentar entender, pois, afinal: “A fé não é algo para se entender, é um estado para se transformar”.

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SE TORNE CADA DIA MAIS RESILIENTE E DESENVOLVA A CAPACIDADE DE SOBREPOR-SE POSITIVAMENTE FRENTE AS ADVERSIDADES DA VIDA.








Jornalista, balzaquiana, apaixonada pela escrita e por histórias. Alguém que acredita que escrever é verbalizar o que alma sente e que toda personagem é digna de ter sua experiência relatada e compartilhada. Uma alma que procura sua eterna construção. Uma mulher em constante formação. Uma sonhadora nata. Uma escritora que busca transcrever o que fica nas entrelinhas e que vibra quando consegue lançar no papel muito mais que ideias, mas sim, essências e verdades. Um DNA composto por papel e tinta.