Conhecimento

Esse alimento comum está na mesa de milhões de pessoas, mas carrega uma toxina letal que já matou centenas

Você sabia que um dos alimentos mais populares do Brasil também é considerado um dos mais perigosos do mundo? Estamos falando da mandioca — ou aipim, macaxeira, como também é conhecida —, uma raiz que alimenta meio bilhão de pessoas globalmente, mas que pode ser letal se consumida de forma incorreta.

A mandioca tem uma forte presença na culinária brasileira, no entanto, são poucas pessoas que sabem que a mandioca contém substâncias tóxicas que produzem cianeto, um composto venenoso.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 200 pessoas morrem por ano devido à ingestão inadequada da planta.

Por que a mandioca pode ser tão perigosa?

A toxicidade da mandioca está relacionada à presença de glicosídeos cianogênicos, compostos químicos que liberam ácido cianídrico quando metabolizados. O cianeto impede que as células utilizem oxigênio, podendo causar desde sintomas leves — como náuseas e tonturas — até convulsões, paralisia e morte.

Existem dois tipos principais de mandioca:

  • Mandioca-doce: contém baixos níveis de cianeto e é geralmente segura quando cozida.
  • Mandioca-brava: apresenta concentrações muito mais altas de toxinas e precisa de um preparo específico para eliminar o veneno.

Contudo, em comunidades mais vulneráveis, o perigo aumenta por conta da falta de informação ou recursos. Dessa forma, podendo levar ao consumo inadequado da raiz. Em períodos de crise, como ocorreu na Venezuela em 2017, houve registros de mortes causadas por ingestão de mandioca brava mal processada.

Como deixar a mandioca segura para o consumo?

Apesar dos riscos, a mandioca pode ser consumida com segurança quando submetida a técnicas tradicionais que removem ou reduzem o teor de cianeto. Entre os métodos mais comuns estão:

  • Descascar e ralar a raiz
  • Lavar em água corrente ou deixar de molho por até 24 horas
  • Cozinhar bem antes de consumir
  • Fermentar e secar a polpa
  • Torrar ou fritar a farinha produzida

No Brasil, é comum ver a mandioca transformada em farinha, tapioca, beiju, bolos e petiscos fritos. Já em países da África, ela é usada para produzir pratos como fufu e garri, sempre com métodos de preparo que priorizam a segurança alimentar.

Por que ainda consumimos um alimento tão arriscado?

A resposta está na resiliência da planta. A mandioca cresce em solos pobres, resiste à seca e oferece um alto rendimento calórico. Por isso, é considerada essencial em países com insegurança alimentar.

Portanto, ela é uma das principais fontes de carboidrato em diversas regiões da África, América Latina e Sudeste Asiático.

Com mais de 300 milhões de toneladas produzidas por ano, a mandioca se tornou um símbolo de sobrevivência, tradição e adaptação humana diante de ambientes hostis.

Imagem de Capa: Canva

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