Durante muito tempo, muitas mulheres tinham como sonho e objetivo de vida o casamento. O sonho de construir uma vida a dois, dividir responsabilidades e celebrar o amor parecia o destino natural.
No entanto, especialistas em relacionamentos vêm chamando atenção para um lado pouco falado dessa tradição: o quanto ela realmente beneficia — ou prejudica — as mulheres.
Recentemente, uma especialista em relacionamentos, tem gerado debates ao afirmar que o casamento, na maioria dos casos, favorece os homens e sobrecarrega as mulheres.
De acordo com ela, o sistema ainda carrega fortes raízes patriarcais, e isso se reflete no dia a dia de casais heterossexuais.
Mesmo quando as mulheres conquistam espaço profissional, muitas continuam sendo as principais responsáveis pelas tarefas domésticas, pela gestão da casa e pelo cuidado com os filhos — um trabalho emocional e físico que raramente é reconhecido ou remunerado.
O “trabalho invisível” que impulsiona carreiras masculinas
Pesquisas citadas pela especialista apontam que homens casados tendem a ter salários mais altos, melhores cargos e maior expectativa de vida. Esses benefícios, no entanto, não surgem do nada.
Segundo ela, eles acontecem graças ao suporte invisível oferecido por suas esposas — o famoso “trabalho não remunerado” dentro de casa.
Enquanto os homens dedicam mais tempo à carreira, muitas mulheres abrem mão de crescimento profissional, hobbies e autocuidado para dar conta da rotina doméstica e familiar. Com o passar dos anos, isso gera um desequilíbrio emocional e financeiro que, em muitos casos, é difícil de recuperar.
Mulheres solteiras e o novo conceito de felicidade
Outro ponto destacado é que mulheres solteiras, especialmente as que não têm filhos, vêm apresentando índices mais altos de satisfação pessoal, autonomia e longevidade.
Estudos internacionais reforçam essa tendência, mostrando que a felicidade feminina nem sempre está ligada ao casamento — e que muitas encontram plenitude investindo em si mesmas, em amizades, viagens e projetos pessoais.
Curiosamente, o mesmo estudo mostra que quanto maior o QI de um homem, mais chances ele tem de se casar; já nas mulheres, quanto maior a inteligência e a ambição, menor é o interesse em relacionamentos tradicionais.
Amor, sim. Mas com consciência
A especialista afirma que não é contra o amor ou a vida a dois — mas defende que as mulheres repensem o formato do casamento e as expectativas envolvidas.
Para ela, o problema não é se casar, e sim entrar em um modelo desigual, onde uma das partes carrega o peso do cuidado e a outra usufrui dos benefícios.
No fim das contas, a mensagem é clara: o amor deve ser uma escolha consciente, não uma obrigação social. Antes de dizer “sim”, é importante refletir sobre o tipo de parceria que realmente traz equilíbrio, liberdade e bem-estar para ambos.
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