Alguns enfrentam de peito aberto. Outros se esquivam, até chegar ao extremo.

Mas o fato é que todos os dias, inevitavelmente, se você escuta axé ou metal, se mora numa cabana ou num iglu. Você faz escolhas. E às vezes nem percebe. Simplesmente não há como fugir.

Sim, às vezes dá vontade de ir para as colinas e ficar enrolado num cobertor, comendo salgadinho e assistindo Caverna do Dragão. Mas… crescer é isso. É ter que decidir. Todos os dias. Bem-vindo ao mundo dos adultos.

Até os indecisos, procrastinadores e despreocupados já decidiram. Eles só ainda não perceberam que ‘não escolher’ também é uma escolha.

Realmente, acredito que algumas situações já fazem parte do nosso ‘karma’.

A palavra ‘Karma’ vem do sânscrito e significa “ação”. Muitas doutrinas utilizam esse termo no contexto de que há sempre uma responsabilidade em cada ação nossa. Justíssimo, não!?

Eu acredito em karma. Acredito ser responsável pelas minhas ações e que elas terão uma consequência. Mas me nego ter que aceitar tudo como um fardo imutável.

Pois cabe a nós permitir ou manter. Coisas, pessoas, situações. Nada vem ou fica em vão.

Assim como nada vai embora antes da hora. Se ainda está ali é porque há algum aprendizado. Ou, algumas vezes, teimosia. Mas ainda assim, mesmo na teimosia, há uma lição. Culpar a vida, o destino e se sentar confortavelmente na posição vítima é uma péssima escolha. Só traz sofrimento e é uma perda de tempo precioso.

“Mas essa situação não muda! ”. “Essa pessoa não vai embora! ”. “Nada acontece! ”. Se nada muda, mude você!

Pergunte-se: qual a parte de mim que ainda precisa disso e que está se agarrando – mesmo inconscientemente – nesta pessoa/situação/emprego? Por que ainda preciso disso em minha vida? O que ainda não estou entendendo?

Aceitar as situações que nos chegam e principalmente aprender a lição que elas trazem é um ato de muita maturidade e acelera os processos dolorosos. É milagroso. É um ato de amor consigo e responsabilidade com a própria vida.

E o que isso tem a ver com escolhas então? Tudo! Cabe a você escolher se quer manter ou não!

“A cada escolha, uma renúncia.”. Faz sentido. Mas ainda quero acreditar que a a cada escolha, surge uma nova oportunidade. A realidade vai se moldando ao nosso redor. O caminho se faz ao caminhar.

Se uma palavra pode mudar tudo, que dirá uma decisão.

‘Mas e se…’ “E se eu tivesse escolhido diferente? ”

Pra mim, essa é uma das perguntas mais inúteis e torturantes que alguém pode fazer a si mesmo.

Se você se pergunta isso e realmente tivesse escolhido diferente, provavelmente se perguntaria exatamente a mesma coisa.

“Se fosse hoje eu não me casaria! ”. “Se fosse hoje eu não teria escolhido essa faculdade. ”. “Se fosse hoje eu teria feito diferente. ”.

Ah, assim é fácil falar, depois que já passou…  As pessoas às vezes confundem a realidade concreta da imaginária. Acham que sabem os misteriosos caminhos da vida. Alguns falam de destino, sina. “Tinha que acontecer “. Outros colocam a culpa ao acaso. Destino nada mais é do que o resultado de toda a vida que foi processada até então.

Todos os seus comportamentos, crenças, ações. Tudo isso combinado vai dar em algo. Que nada mais é do que o seu momento atual. O seu presente, um dia foi um futuro distante.

Hoje você vive a consequência das suas escolhas do passado. Boas, ruins, planejadas ou não.
Você quem quis assim.

“Ah, mas é muito injusto isso”.  Por que injusto? Foi você quem escolheu.

Ora, que livre arbítrio fajuto seria esse que nos prometeram se não pudéssemos escolher?

Assuma o seu poder, o poder que pode mudar sim a sua realidade. Ninguém falou que seria fácil.

Mas ainda dá tempo de fazer valer a pena.