Entregue-se e nunca se renda a depressão do mundo!

A jornalista e apresentadora Astrid Fontenelle tem essa palavra – surrender – tatuada no pulso. Quando eu ouvi dela a explicação do porquê, me apaixonei por essa palavra. Surrender é uma palavra do inglês que quer dizer render-se, entregar-se. Ela disse que tatuou para se lembrar de se render. Que nem todas as situações irão para onde ela quer e que, às vezes, temos que entender qual é o nosso destino e simplesmente cumpri-lo.

E é isso mesmo. Por mais que eu seja uma terapeuta e acredite piamente na mudança do ser humano, ainda assim existe um mistério. Existem caminhos que, por mais que a gente não queira e por mais que tentemos controlar, simplesmente não acontecem. E eu sou o exemplo vivo disso.

A depressão não é você!

No final do ano de 2019 eu estava arrasada. Saindo de um relacionamento – com a data do casamento marcada e tudo. Passando por problema com o fim desse relacionamento (ele se tornou agressivo depois do término) e apartada da família.

Meus amigos não faziam mais sentido, eu tinha mudado e tinha me decepcionado tanto com a vida que não via saída. Eu estava me sentindo mal, mas ainda cheia de um gás estranho, uma vontade de mudar. Arrumei um emprego em outra cidade e fui me aventurar no litoral de São Paulo.

Os primeiros momentos foram ótimos, os primeiros meses de 2020. Eu tinha reencontrado um amor anterior, estava morando numa cidade linda. Estava fazendo novos amigos, trabalhando com uma coisa diferente. E aí, veio a pandemia. Tudo, tudo o que eu tinha acabado de começar a reconstruir, ruiu.

O amor do passado me mostrou porque – em outro momento – tinha ficado no passado (de onde não deveria ter saído). O emprego não vingou porque eu estava em período de experiência e eles acabaram não me efetivando para baixar os custos. Não podíamos sair de casa, nem para ir ao mercado sem usar um aparato militar e eu estava no litoral, sem conhecer ninguém, enfiada em casa 24 horas por dia.

Depois de meses eu percebi: a pandemia não vai acabar tão cedo, as coisas não vão voltar ao que era antes. E aí, eu resisti.

Mesmo sabendo que o que eu queria era voltar para São Paulo, e para perto da minha família e amigos, eu resisti. Eu não queria “dar o braço a torcer” e me sentir uma fracassada porque não tinha conseguido nada. A culpa não era minha (a responsabilidade sim) mas eu me culpei por meses, me forcei a gostar de algo que não gostava mais, estava me torturando.

Depois de 5 meses veio uma dor, profunda no abdome. Subi para São Paulo, onde eu ainda mantinha o plano de saúde e fui ao hospital.

Diagnóstico: diverticulite aguda. Duas semanas de um antibiótico que até alucinações me deram. Mudança radical da alimentação, perda de peso e uma leve depressão (o intestino é responsável por produzir os hormônios da felicidade, e ter ele tão agredido mexeu com isso em mim). Eu não aguentava mais e o meu corpo estava me dizendo isso. Ou eu me rendia ou eu piorava até Deus sabe onde.

E aí veio o meu surrender. Numa conversa, meu pai me ofereceu ajuda: “volta pra São Paulo, você está muito sozinha lá”. Desabei a chorar! Eu precisava daquilo: o apoio, o choro, as mudanças. Agora, estou prestes a me mudar para o meu velho apartamento. Mandei pintar, comprei uma geladeira nova e na próxima semana já estarei, novamente, em casa.

O que precisamos para nos curvar? O que precisamos para entender que a vida tem um caminho que é dela, que não temos controle? Uma morte na família, doenças, uma pandemia?

A vida sempre ganha, e ela vai fazer de tudo para que estejamos no caminho da nossa alma.

Eu ainda não sei direito o que ela quer de mim aqui, novamente. Mas eu parei de lutar contra coisas que não são minhas.

Um amor que nunca foi meu. Uma casa e uma cidade que não eram meus. Um emprego que sucumbiu nos 15 primeiros minutos de jogo.

O que fica, o que está ficando, são aquilo que realmente importa. Quem realmente importa e, o melhor, eu mesma.

Volto melhorada. Mais inteira, com objetivos completamente diferentes. Focando minha energia na maravilhosa mulher, terapeuta, empresária, filha, solteira, mãe de pet que eu sou.

A mulher que quer ganhar o mundo, ter experiências diferentes e entender a cabeça das pessoas. Que quer se melhorar, melhorar a própria vida e ter tudo.

Sim, podemos ter tudo. Um dia e com as ferramentas certas. Se deixando colocar num fluxo do Universo. O fluxo que nos leva onde devemos estar. Com as pessoas certas, a profissão certa, a temperatura certa.

Deus nunca erra! E eu me rendi a isso. Ainda bem!

Entregue-se e nunca se renda a depressão do mundo!

8Foto de tabitha turner no Unsplash

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Terapeuta porque adora ajudar as pessoas a se entenderem. Escritora pelo mesmo motivo. Apaixonada por moda, dança, canto, fotografia e toda forma de arte. Adora pão de queijo e café com leite e não pretende mudar o mundo, mas, quem sabe, uma pequena parte da visão que temos dele. Espaço Terapêutico Andrea Pavlovitsch Av Dr. Eduardo Cothing, 2448A Vila Formosa - São Paulo - SP +55 (11) 3530 4856 +55 (11) 9.9343 9985 (Whatsapp) [email protected]