Entenda como funciona o cérebro das pessoas desonestas

Todos nós já conhecemos alguém desonesto. Você, com certeza já conviveu com um ou mais, não é mesmo?

Uma pessoa desonesta é alguém que usa da mentira para se sobressair e sair de situações que poderão descortinar suas más ações ou até encobrir aos que fizeram para prejudicar outras pessoas.

Pessoas desonestas estão espalhadas em todos os lugares do mundo, mas a desonestidade, nem sempre é somente uma questão de caráter.

Ela pode agir com desonestidade por uma questão de caráter ou por causa de um problema mental que altera o funcionamento cerebral.

Nesses últimos casos, são pessoas que se tornam arrogantes para tentar balancear o prejuízo do peso de não ser honesto. Elas conhecem o certo e o errado, pois a questão da moralidade está bem definida em nossa cultura e sociedade, mas elas se destoam e tornam-se um peso, uma mancha que revela a podridão da humanidade.

A arrogância, tem como semântica a inveja e a prepotência. Quando essas pessoas enxergam a honestidade de alguém, isso as fere em seus brios porque elas não conseguem agir dessa maneira.

Elas entram em uma competição narcísica em que, a falta de capacidade de conseguir fazer o certo, faz odiar os que conseguem.

Neurocientificamente falando, a desonestidade aumenta com o tempo.

Há muita atividade em regiões do cérebro associadas às emoções nas pessoas desonestas – na amígdala em particular.

Com o tempo, quanto mais desonesta a pessoa é, mais essa região diminui a sua atividade.

Esse diminuição não é boa para o cérebro, pois significa que ele se moldou a essas circunstâncias.

O cérebro tem a capacidade de se adaptar e adornar os estímulos menos intensos. Infelizmente, a adaptação torna mais fácil para elas, fazer algo ruim.

Essa alteração também afeta a região frontotemporal, e faz com que o indivíduo distorça a razão a seu favor. Ou seja, com o tempo, essa pessoa começa a não se importar com a mentira.

Experimentos de imagens cerebrais conduzidos por Tali Sharot na University College London, mostraram que, o cérebro se adapta ao comportamento desonesto.

Os participantes tiveram a atividade reduzida em seu sistema límbico à medida que contavam mais mentiras, apoiando a ideia de que cada mentira contada torna a mentira mais fácil.

Será que aquela pessoa desonesta que você conhece é assim pelo caráter ou por um transtorno mental?

É preciso avaliar e refletir para que você entenda se essas pessoas são desonestas por uma questão de saúde mental ou se o são, por uma questão de carácter, mas isso só poderá ser definido por um profissional.

*DA REDAÇÃO RH. Texto de Fabiano de Abreu. Foto de Marco Testi na Unsplash

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA), Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE – Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva. Membro Mensa, Intertel e TNS.

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Fabiano de Abreu Rodrigues é psicanalista clínico, jornalista, empresário, escritor, filósofo, poeta e personal branding luso-brasileiro. Proprietário da agência de comunicação e mídia social MF Press Global, é também um correspondente e colaborador de várias revistas, sites de notícias e jornais de grande repercussão nacional e internacional. Atualmente detém o prêmio do jornalista que mais criou personagens na história da imprensa brasileira e internacional, reconhecido por grandes nomes do jornalismo em diversos países. Como filósofo criou um novo conceito que chamou de poemas-filosóficos para escolas do governo de Minas Gerais no Brasil. Lançou o livro ‘Viver Pode Não Ser Tão Ruim’ no Brasil, Angola, Espanha e Portugal.