Ao tentar fazer o outro sofrer, quem sofrerá primeiro será quem tentou. Querer se vingar por raiva ou dor, porque alguém te fez sofrer, apenas te fará se sentir pior do que você já se sente.

Nutrir sentimentos negativos por qualquer pessoa, mesmo que tenhas motivos óbvios para isso, só prejudicará quem estiver alimentando essa negatividade.

A única maneira de curar um coração ferido, seja por conta de um amor interrompido, uma amizade desfeita, ou um trabalho mal sucedido, é ser grato por tudo que lhe foi ensinado, e por todas as coisas que lhe fizeram ser quem você é. Mesmo que no fervor das emoções você ainda não consiga enxergar motivos para ser grato, ao menos, tente!

Alimentar raiva, desamor, e insistir na intenção de se vingar, de nada ajudará nesses casos, pelo contrário, apenas fará de você um condutor de emoções desequilibradas que vibra nas sombras e que atrai mais sombras ainda.

Você quem decide! Vai continuar vibrando em sintonias baixas que te afundam ainda mais? Ou vai escolher perdoar, ser grato pela experiência e aprendizado, seguir em frente e se beneficiar daquilo que sobrou de bom?

Se por acaso a sua indisposição for por conta de uma relacionamento que acabou de forma trágica e traumática, com traições e desrespeito, que gerou dor e mágoa, tente encontrar motivos para ser grato, mesmo que você considere essa tarefa muito difícil.

Se houver esforço da sua parte, você irá encontrar razões para agradecer. Porque sempre existirá razões para ser grato, mesmo nas situações mais “cabeludas”. Pode acreditar. Todo o quadro pode ser piorado.

Se, por acaso, a relação gerou filhos, seja grato por essa pessoa ter passado por sua vida para colocar em seus braços, anjos, que te ensinam o valor do amor verdadeiro, todos os dias.

Agradeça pelo tempo que passaram juntos e por tudo que aprendeu com essa pessoa.

Por hoje, saber como um relacionamento não deve ser, e por ter entendido o valor da fidelidade, da lealdade, e da amizade, justamente porque, não teve essas coisas na relação que tiveram.

Agradeça pelo tempo que ele ou ela se dedicou, e por, mesmo com todas as dificuldades que enfrentaram, terem tentado.

Afinal, se houve a tentativa, existiu o amor, por isso, seja gentil, cada um enfrenta uma batalha diária, e todos nós, possuímos nossas limitações que tentamos ao máximo superar, porém, muitos, não conseguem, mesmo com a ajuda de um parceiro.

E devemos respeitar o momento de evolução de cada pessoa, porque ninguém consegue forçar a evolução de ninguém.

Cada um possui o seu tempo, e pode ser, que você e essa pessoa, estivessem em tempos de maturação diferentes. E tudo bem!

Perdoe o vacilo dos outros, que também se arrependem do que fazem, mesmo que não expressem isso, escancaradamente, e publicamente. Lá no íntimo, pode sim existir o arrependimento, e mesmo que não acredite, essa pessoa poderá, em silêncio, nutrir a vontade de fazer diferente em uma próxima oportunidade.

O que não podemos é tentar forçar o entendimento do outro, tentar fazer com que ele sofra o que estamos sofrendo. Porque ao segurarmos a brasa com intenção de queimar o outro, quem se queimará primeiro, sempre, seremos nós.

Se a raiva que sente agora te causa sofrimento e os seus sentimentos estão te consumindo por outros motivos que não seja, necessariamente um relacionamento amoroso, se esse sofrimento possui origem em desentendimentos com alguns familiares manipuladores, ou em um trabalho que te desvaloriza, esse sentimento de querer se vingar só piorará a situação, aparentemente, sofrida, que você vive.

Tente deixar ir esses sentimentos que te limitam. Canalize a raiva de forma positiva, para que ela te impulsione a realizar mudanças significativas e transformadoras em sua vida. A raiva pode sim te ajudar a começar a agir de forma sensata e gentil, totalmente desconectada daquilo, e de quem, causou em ti, esse sofrimento.

A raiva não é sua inimiga, nem sequer é um sentimento ruim e você entenderá como usá-la a seu favor, agora.

A raiva só se torna devastadora quando nos deixamos contaminar e guiar pelo ego. O ego, costuma cometer equívocos, agir de maneira intempestiva, violenta, e arrogante.

Uma raiva canalizada de forma errada tem o poder de piorar qualquer que seja, a situação que nos encontramos. Porque a raiva é impulsionadora, ela nos move, nos faz agir, mas se estamos desequilibrados em nossas emoções, acabamos cometendo atos dos quais nos arrependeremos logo em seguida.

Pensando na raiva como motivadora e incentivadora de ações, podemos, dessa forma, assimilá-la como uma grande aliada.

Se conseguir desvincular a raiva do ego, anular a ignorância e a necessidade de se vingar, se tentar, ao menos, aplicar essa raiva para incutir mudanças positivas em sua vida sendo grato a tudo, conseguirá sentir os benefícios que essa emoção tão fervilhante pode te trazer.

Mas para que isso se dê efetivamente, você deverá abandonar a ideia fixa de querer se vingar.

Algumas pessoas que conheço e eu me incluo, já se beneficiaram desse poder de realização e mudanças positivas que a raiva possui.

Um de meus amigos, foi traído pela mulher, pelos amigos, perdeu o emprego e poderia ter se afundado em depressão, ou ter se vingado, agido de forma intempestiva e ignorante. Todas essas alternativas teriam sido guiadas pela raiva, movida pelo ego ferido.

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Mas ele decidiu agir diferente.

Cerrou os ouvidos para as ideias ignorantes, orgulhosas e vaidosas do ego, e resolveu canalizar essa raiva para agir em favor próprio.

Ele sentiu a raiva o impulsionando para estabelecer mudanças positivas em sua vida. E tudo que ele já havia pensado em fazer, mas que mantinha adormecido por medo, acomodação, ou preguiça, foi colocado em prática em menos de um mês. Pasmem! Sem a raiva ele jamais teria conseguido realizar essas mudanças em tão pouco tempo.

Ele mudou de país, começou um novo curso profissionalizante, se abriu para conhecer novas pessoas e fazer bons amigos, se dedicou a projetos que eram desacreditados por aqueles que o traíram, e meses depois, vivia uma vida totalmente feliz e prospera, longe de tudo aquilo que lhe fazia sofrer, e sem ter que fazer sofrer mais ninguém para conseguir tudo isso.

Ele é um exemplo de quem soube utilizar a força da raiva para mudar a própria vida para melhor, e não para tentar destruir a vida de ninguém. E em nenhum momento, passou pela cabeça dele, se vingar e ferir aqueles que o machucaram. Ele e entende que cada um terá o que merece, e que nunca será necessário sujar as próprias mãos.

Buda deu um exemplo prático sobre o desejo de vingança e a mania que muitas pessoas tem de guardar a raiva dentro de si, em um espaço especial, aguardando a hora certa para poder ferir aquele que o feriu.

Ele ensinou que ao tentar fazer o outro sofrer, quem sofrerá primeiro será quem tentou, visto que o sentimento de “raiva”, mal empregado, é sentido mais dolorosamente por quem o possui, do que por quem recebe uma ação maldosa.

Porque…

“Guardar raiva é como segurar um carvão em brasa com a intenção de atirá-lo em alguém; é você que se queima.” – Buda.

Sofrer é uma escolha.

*Foto de Bakir Custovic no Unsplash

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