Precisamos, de uma vez por todas, nos dar conta que o amor, o carinho, a atenção e a estima que esperamos do outro, podemos, nós mesmos, nos dar. Que não é legal vibrarmos na frequência da carência, da necessidade, da fragilidade.
Que não devemos passar a vida mendigando de pessoa alguma que enxergue nossos anseios e venha supri-los. Que somos especialíssimos bem do jeitinho que somos, com nossas peculiaridades físicas e emocionais, e que não precisamos agradar ninguém.

Que a única mudança que temos que fazer é na nossa aceitação, precisamos olhar para o espelho e sorrir, ficar contentes com o que vemos.

Que o nosso corpo é o nosso templo, é a nossa morada temporária, e devemos encher o nosso coração de gratidão pela existência.

Que por mais que a autoaceitação pareça algo complexo e dificultoso, que exige muito tempo e dedicação, ela é exatamente o contrário disso tudo.

Que a autoaceitação necessita apenas que paremos, olhemos a dádiva que é estarmos virmos e permitirmos que o AMOR, que é inerente ao nosso ser desde que nascemos, tome conta de nós.

Assim, bem simples, bem rápido, agora mesmo, se quisermos…

Precisamos nos dar conta que não devemos, de forma alguma, permitir que o nosso corpo seja o refúgio para os outros virem buscar prazer ou “se aliviar”.

Quem chegar aqui, quem chegar em nós, que seja com o desejo verdadeiro da troca, do compartilhar, do se conectar – ainda que por um breve momento -, do proporcionar prazer também.

Não devemos, pois, aceitar nada, absolutamente nada a menos do que merecemos, em todos os âmbitos.

Também temos que nos dar conta de que não deve importar o que os outros esperam de nós, que a frustração possam vir a ter se não seguirmos o seu script é um problema exclusivamente deles.

Só iremos florescer para a vida a hora que fecharmos os olhos para o mundo e olharmos para o nosso interior. Só iremos desabrochar quando nos dermos conta de que tudo só depende de nós, da nossa postura perante a vida. Que todo o amor e a aceitação que procuramos fora, estão guardados aqui dentro do nosso peito, esperando, pacienciosamente, para serem libertos.

Que enquanto não permitirmos que a nossa verdade venha à tona, nosso coração não irá vibrar em toda a sua intensidade, e continuaremos com a sensação de qual falta alguma coisa, de que algo não está certo.
E isso, só nós podemos fazer por nós mesmos.

Precisamos parar, de uma vez por todas, de esperar dos outros melhoras que só nós podemos nos proporcionar.

Independentemente de como anda a nossa vida, do que já tenhamos feito, de quem esteja por perto, sempre, sempre é tempo de tomarmos as rédeas da situação e, simplesmente, nos deixarmos ser quem verdadeiramente somos.

Assim, naturalmente, profundamente, lindamente…








Servidora Pública da área jurídica, porém estudante das questões da alma. Inquieta e sonhadora por natureza, acha a zona de conforto nada confortável. Ao perder-se nas palavras, busca encontrar um sentido para sua existência.