Divórcio é horrível, mas ensinar seus filhos que relacionamentos tóxicos são normais, é muito pior!

Nós não nos casamos pensando que um dia vamos nos divorciar. Quando percebemos que já tentamos de tudo e mesmo assim, nada melhorou, o divórcio parece ser a única solução para que a gente não viva em constantes conflitos.

Os conflitos ficam ainda pior quando existem filhos porque, inevitavelmente, a gente acaba ensinando a eles o oposto do que gostaríamos, porque a gente acaba transparecendo, através dos nossos comportamentos diários, um exemplo de desamor.

Mesmo que a gente tente evitar as brigas na frente das crianças, elas conseguem sentir e perceber que algo não está bem entre os pais e, a gente pode tentar contornar os fatos, distorcer a verdade, pensando que, assim, eles não vão perceber, mas não é isso que, geralmente, acontece.

As crianças são muito mais sensíveis e espertas do que a gente imagina. Muitos pais acham que seus filhos não entendem nada, mas na verdade, eles entendem tudo. E quanto mais a gente tenta esconder, quanto mais a gente mente para eles, mais eles internalizam que o relacionamento dos seus pais, mesmo aos trancos e barrancos, é normal.

Se normalizamos as brigas e o desrespeito entre o casal, acabamos, inconscientemente, ensinando a eles que, relacionamentos são assim mesmo e, infelizmente, quando eles crescerem, eles terão a tendencia de se relacionar com pessoas que também acreditam que as brigas são normais. É aí que começam os relacionamentos tóxicos, quando a gente acredita que o casamento e as relações são assim mesmo, cheias de conflitos.

Mas isso não é verdade. É comum a gente discutir de vez em quando com quem a gente ama, existem divergencias de interesses, acordos discumpridos, amor interrompido, tudo isso existe de fato, mas isso não quer dizer que essas “diferenças”, precisem ser tratadas com desamor. Pelo contrário, quando existe algum desintendimento, o ideal é que os casais sentem e conversem como adultos que são e, não tragam as suas crianças feridas para a discussão.

O ideal é que sejam assinados novos acordos, que façamos novos contratos e que alinhemos os nossos objetivos com amor. Por outro lado, é preciso que exista vontade para que o entendimento aconteça, mas se uma das partes, ou as duas, não estão dispostas a se entender, caso um queira sobrepor a sua vontade e, simplesmente, espere, que o outro obedeça, não há relacionamento que aguente.

Um casmento é comporto por duas pessoas que são diferentes e possuem sonhos igualmente diferentes, é verdade que quando casamos, buscamos reorganizar as rotas e focar em um objetivo em comum, porém, não dá para desitir dos próprios sonhos em prol do sonho do parceiro eternamente. Se fizermos isso, com toda certeza, nos tornamos infelizes e, uma hora, acabamos descontanto o nosso descontentamento no parceiro.

A verdade é que, quem sofre mais com o divórcio são as crianças, mas elas sofrem ainda mais, quando os pais tentam manter o casamento, mesmo sem amor, só por causa delas.

O que fazer então?

Se a gente deseja que os nossos filhos cresçam felizes e quando adultos vivam relacionamentos saudáveis, nós precisamos trabalhar com a verdade. Mesmo que a gente ache que a criança não vai entender, quando falamos a verdade, essa lembrança fica armazenada no seus subconsciente e, ela será acionada quando for preciso, quando ela se deparar com qualquer abuso na vida adulta.

Mas se mentimos para ela, tentando aliviar a pressão, ela tenderá a fazer o mesmo quando estiver em um relacionamento tóxico, ela tentará amenizar as atitudes abusivas do seu parceiro.

Se você está vivendo uma situação de abuso ou conflitos que passaram a ser desrespeitosos e está com dúvida se pede o divórcio por conta das crianças, o melhor que você tem a fazer é procurar ajuda e aconselhamento terapeutico para você e para os seus filhos.

Essa fase é muito complicada mesmo e, se você percebe que não sabe como falar, que já mentiu muito para os seus filhos, está na hora de dar um passo com mais responsabilidade. Mande um direct para @rhamuche e faça esse movimento de amor e cuidado para que seus filhos possam ter em você um porto seguro. Eu posso te ajudar!

*DA REDAÇÃO RH. Texto de Robson Hamuche, idealizador do Resiliência Humana, terapeuta transpessoal e Constelador Familiar.

*Foto de Annie Spratt no Unsplash.

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Robson Hamuche é Terapeuta transpessoal com especialização em constelação familiar, compõe a equipe de terapeutas do Instituto Tadashi Kadomoto (ITK). É também idealizador e sócio-proprietário do Resiliência Humana, grupo de mídia dedicado ao desenvolvimento humano, que reúne informação de qualidade acerca de todo o universo do desenvolvimento pessoal, usando uma linguagem leve e acessível.