Na sede de alcançar o objetivo de forma rápida, muitos esquecem que o caminho percorrido é mais importante que a velocidade que o conquista.

Muita gente dá o sangue, o suor e as lágrimas em busca de um único objetivo de vida. Ser rico, casar ou viajar o mundo são apenas alguns dos itens que lideram a lista dos desejos humanos. Porém, na sede de alcançar o objetivo de forma rápida, muitos esquecem que o caminho percorrido é mais importante que a velocidade que o conquista.

A vida é um mar de escolhas. De situações que acontecem e daquelas que escolhemos que aconteçam. Nossas decisões, tomadas a todo tempo, são responsáveis por mudar o curso, a forma e a intensidade das coisas. Para tanto, a grande sabedoria está em saber escolher o caminho certo e não priorizar o tempo que demoramos para percorrê-lo.

Caminhos são possibilidades de crescimento espiritual e de aquisição de sabedoria, já que são neles que a vida acontece. Como dizia Caio Fernando Abreu, “a vida tem caminhos estranhos, tortuosos, às vezes difíceis: um simples gesto involuntário pode desencadear todo um processo”.

Na caminhada adquirimos aprendizagens, as amizades são provadas e o amadurecimento se efetiva. Note que quanto mais rápido conquistamos algo, maior a tendência à desvalorização.

Pessoas apressadas perdem o melhor da vida, desperdiçam o próprio tempo e tornam-se escravos dos próprios sonhos. Esquecem de ver a beleza dos detalhes e de admirar os pequenos presentes da vida.

É no caminho que aprendemos a priorizar o que, realmente, importa. Entendemos que terminar o namoro com o “grande amor da nossa vida” só é doloroso quando se tem 20 anos. Com 40, o sofrimento dá lugar ao bom senso. Entendemos que reprovar na escola parece o fim do mundo quando se tem 10 anos. Na faculdade, percebe-se que não houve uma perda de conhecimento significativa. Em outras palavras: é no caminho que adquirimos conhecimento empírico e equilíbrio emocional.

O grande Paulo Freire, em Pedagogia da Esperança, afirmava que “ninguém caminha sem aprender a caminhar, sem aprender a fazer o caminho caminhado, refazendo e retocando o sonho pelo qual se pôs a caminhar”.

Que sejamos capazes de diferenciar os atalhos dos desvios e que, mesmo incertos, possamos aprender com os resultados das escolhas que fizermos. Que sejamos constante em sabedoria, em crescimento e em humildade e que possamos entender que mais vale um caminho longo que um caminho errado.








A literatura vista por vários ângulos e apresentada de forma bem diferente.