Às vezes a gente precisa de fé para voltar para a nossa casa interior; precisa aprender a espairecer o coração. Precisa ajeitar o que anda desarrumado ou colocar as coisas em seus devidos lugares.

Às vezes a gente só quer saber de cuidar mais dos sonhos que estão guardados, das pessoas que se conectam com nosso espírito, quer sentar em algum lugar longe de tudo que faz mal e cansa a vida.

Às vezes é preciso fazer uma reforma íntima pra se achar, pra saber quem somos e onde devemos estar neste momento de transformação e canalização física e mental.

Longe, perto dentro. Perto dos nossos ideais e de menos sofrimento.

Às vezes a gente empilha coisas, empurra com a barriga; faz muitas vezes cara de paisagem, cara de quem não quer entrar em conflito com ninguém.

E aí a gente vai aprendendo onde ficam as coisas mais próximas, onde devemos de verdade nos isolar e passar adiante coisas que aprendemos de bom.

Às vezes Deus chega e nos mostra que nem sempre é aquilo que vemos, que acreditamos muitas vezes por sermos pessoas do bem.

Muitas vezes deletamos e não esquecemos, pensamos e não nos atendemos, nos culpamos e nos remoemos pelo que os outros não viram em nós.

Nem todo mundo enxerga com a alma, nem todo mundo tem a sensação de que foi coisa de outro tempo; nem tudo mundo tem essa empatia de se colocar no lugar do próximo, ou de viver relações interpessoais.

A energia que canalizamos é o que nos trará o equilíbrio ou o desequilíbrio.

Às vezes é preciso barrar a própria euforia pra ir mais devagar, é preciso menos expectativa pra não sair ferido, é preciso ter consciência de onde os pés andam, onde abraços podem tocar, onde palavras de incentivo podem fazer a vida de alguém melhor.

Deus quer nos mostrar que apenas diante da nossa própria fé nos levantamos!

Às vezes a gente sai e esquece de si mesmo, se veste pra ser útil a alguém, ajuda a sanar dores, espalha afetos, silencia quando alguém sente o mundo desabar.

Neste caminho entre o certo e o errado, entre a sensação de que se fez o que pôde; a sensação de que não dá pra ficar contando quantas vezes desabamos ou quantas vezes diante da nossa própria fé levantamos, ainda há muito a se fazer.

Às vezes a gente ignora, para de depositar fichas em coisas falidas e compreende que nós temos que ser a nossa melhor companhia em certas situações.

Haverá dias em que teremos que conviver conosco, teremos que aprender a respirar mais devagar, teremos que enfrentar certos monstros que nos assombram; teremos que nos habitar com respeito e tolerância.

Pra isso é preciso calma, entendimento, sensação de proteção e amparo por algo maior que nos protege além desta camada terrena.

Não estamos em tempo de intrigas, de farpas, de quem é a culpa.

Estamos em tempo de crescer, de amadurecer, de fazermos por nós e pelos outros algo realmente instrutivo e saudável à mente e ao coração.

Às vezes é Deus mostrando que é hora da pausa e do recolhimento.

É tempo de mais consciência e maturidade interior.








Sou Paulista, descendente de Italianos. Libriana. Escritora. Cantora. Debruço-me sobre as palavras. Elas causam um efeito devastador em mim. Trazem-me â tona. Fazem-me enxergar a vida por outro prisma. Meu primeiro Livro foi lançado em Fevereiro de 2016. Amor Essência e Seus Encontros pela Editora Penalux. O prefácio foi escrito pelo Poeta e Jornalista Fernando Coelho. A orelha escrita pelo Poeta e jornalista Ivan de Almeida. O básico do viver está no simples que habita em mim.