A inteligência artificial vem sendo cada vez mais utilizada para mapear problemas sociais, prever tendências e até avaliar qualidade de vida em diferentes regiões.

Um levantamento recente chamou atenção ao revelar quais são as 10 piores cidades do Brasil para se viver, considerando fatores como violência, desemprego, infraestrutura e acesso a serviços básicos.

Embora os dados sejam objetivos, o ranking também gerou controvérsias, já que muitos moradores e autoridades locais questionaram se os algoritmos conseguem refletir fielmente a realidade de cada município.

Os critérios avaliados

Segundo a IA, os principais pontos analisados foram:

  • Índices de violência (homicídios, assaltos e crimes urbanos).
  • Desemprego e vulnerabilidade econômica.
  • Infraestrutura urbana, como saneamento, transporte e mobilidade.
  • Acesso à saúde, educação e serviços públicos.
  • Qualidade de vida geral, incluindo lazer e oportunidades de desenvolvimento.

Com base nesses fatores, a inteligência artificial destacou as seguintes cidades:

As 10 piores cidades do Brasil para se viver

  • Altos (Piauí) – Apesar da proximidade com Teresina, enfrenta problemas de segurança e falta de investimentos em infraestrutura.
  • Marabá (Pará) – Importante polo econômico, mas com altos índices de criminalidade e desigualdade social.
  • Itapecuru Mirim (Maranhão) – Sofre com baixa qualidade nos serviços públicos e oportunidades limitadas.
  • Altamira (Pará) – O maior município do Brasil em extensão territorial ainda enfrenta carências em saneamento e mobilidade.
  • Codó (Maranhão) – Conhecida pelo histórico cultural, mas marcada pela violência e dificuldades econômicas.
  • Simões Filho (Bahia) – Parte da região metropolitana de Salvador, aparece frequentemente em rankings de violência.
  • Marituba (Pará) – Desafios urbanos e sociais relacionados ao rápido crescimento populacional.
  • Caucaia (Ceará) – Mesmo sendo grande, sofre com altos índices de criminalidade.
  • Cabo de Santo Agostinho (Pernambuco) – Região estratégica, mas com deficiências em saneamento e desigualdade social.
  • Queimados (Rio de Janeiro) – Localizada na Baixada Fluminense, enfrenta altos índices de violência e problemas de mobilidade urbana.

Capitais brasileiras também aparecem no ranking

Além das cidades médias e pequenas, a IA também avaliou as capitais do país. Segundo o levantamento, as piores capitais para se viver atualmente são:

  • Macapá (AP)
  • Rio Branco (AC)
  • Manaus (AM)
  • Belém (PA)
  • Maceió (AL)

Essas capitais enfrentam problemas estruturais semelhantes, como falta de saneamento básico adequado, violência urbana e oportunidades limitadas de crescimento econômico.

Especialistas pedem cautela com os rankings

Especialistas alertam que essas listas não podem ser levadas como verdades absolutas. Muitas vezes, elas deixam de lado aspectos culturais, históricos e sociais que fazem parte da identidade local.

Além disso, reforçam que rankings negativos podem estigmatizar cidades e prejudicar ainda mais seus processos de desenvolvimento.

Contudo, isso também serve como alerta para o governo e gestores públicos, destacando a necessidade urgente de investimentos em:

  • Segurança pública
  • Educação e saúde de qualidade
  • Saneamento e mobilidade urbana
  • Políticas de geração de empregos

Imagem de Capa: Canva