Não banalize a depressão, nem tenha preconceitos, não espere passar por ela para saber o que é! Não espere ter que sentir na pele a sua existência para somente depois ajudar quem a tem.

Por Lúcia Costa

Ela é um transtorno infeliz, não é apenas uma oscilação de humor, é a devastação da realidade.
Infelizmente, a depressão falada aqui não é aquela formada de rochas cristalinas ou sedimentares, absoluta ou relativa, referente à geografia, mas é aquela depressão que já supera um índice altíssimo de pessoas diagnosticadas.

Aquela depressão que já é a segunda maior causa de incapacitação no mundo, ou seja, de todas as doenças do mundo, a depressão tira a capacidade de produção, de criação e de realização das pessoas. Uma doença extremamente séria e grave, um problema de saúde pública.

Categorizada como leve, moderada ou grave, o que pode depender muito da intensidade dos sintomas, causando impactos diversos no dia a dia de quem dela é acometido.

Depressão não é frescura, não é falta do que fazer. Depressão não é falta de Deus, quem tem fé também adoece.

Depressão é difícil e debilitante, é uma doença crônica de longa duração, que não se resolve em curto espaço de tempo, que quando diagnosticada não é somente por um tipo de sintoma, mas por um conjunto todo. Ela altera o senso de realidade para o negativo, fazendo da pessoa um ser pessimista.

Ter depressão é sentir um vazio inexplicável, um arrastar de dias e noites, uma luta diária, um sufocar de sentimentos, são dores internas cravejadas na alma.

Depressão é quando se tem que sorrir para não explicar a tristeza que insiste em existir.

Ela chega com sintomas massacrantes, trazendo um sentimento de vazio, desesperança, divagação de pensamentos.

É por esses agravantes e muitos outros não citados aqui é que há uma necessidade urgente que as pessoas entendam que a dor do outro não é brincadeira e que a depressão é uma doença que merece respeito, consideração e atenção, pois muitos têm sua vida ceifada devido a esse transtorno.

É preciso estender as mãos, ter um olhar acolhedor e de respeito para com as pessoas portadoras desse mal, que não se tenha preconceito, e que não se ache algo fútil, mas que possa transmitir ao depressivo que, com a ajuda de si mesmo, de profissionais especializados, da família e da compreensão do próximo, esse episódio poderá ser revertido, tratado e curado.

Se você está lendo isso, saiba que não é por acaso. Se sofre desse mal, entenda que ele pode até ser o mal do século, mas não precisa ser necessariamente seu, procure ajuda porque não dura para sempre. Se o bem vem e passa… o mal também.

Existem pessoas capacitadas, informadas, que podem dar todas as ferramentas para você manusear com todo o amor e dedicação essa situação difícil pela qual passa.

Queira o seu bem, lute por ele, porque você é a perfeita criação divina manifesta por Deus. E o merecimento da cura e da felicidade é todo seu!

E se você não sofre disso, seja a pessoa que, se não for capacitada, mas informada para ser o abraço amigo, a palavra consoladora, o amor expressivo que pode conduzir essa criatura fragilizada para um caminho adequado em busca da cura.

Seja a pessoa que ouve o depressivo para compreendê-lo, não para respondê-lo! Não julgue sem saber… porque isso pode acontecer com você!