Depressão e envelhecimento não precisam andar juntos!

Muito se fala atualmente sobre depressão e também em etarismo. O medo de envelhecer e a falta de aceitação desse processo natural leva muitas pessoas a se deprimirem. Estima-se que cerca de 300 milhões de pessoas sofram atualmente com este transtorno, e pelo menos 30% da população do planeta terá algum episódio de depressão ao longo da vida.

A depressão, infelizmente, é um tabu na sociedade. Mesmo sendo uma condição médica tratável. Quando se aborda a depressão em pessoas que estão envelhecendo, não se pode considerar que isto seja parte normal do envelhecimento. No entanto, os idosos, verdadeiramente, possuem um risco maior de sofrer depressão. Por isso, é necessário é que ela seja reconhecida e tratada apropriadamente.

Como saber se é depressão?

Depressão não é apenas sentir tristeza ou emoções fortes, que acontecem quando lamentamos, por exemplo, a perda de um ente querido.

A depressão é uma condição médica, como o diabetes ou a hipertensão.

Alguém que esteja deprimido tem sentimentos de tristeza ou ansiedade que duram semanas, meses e até anos. Ela ainda pode apresentar os seguintes sintomas:

1) Sentimento de desesperança e pessimismo;

2) Sentimento de culpa, inutilidade ou desamparo;

3) Irritabilidade, inquietação;

4) Perda de interesse por atividades antes consideradas prazerosas;

5) Fadiga e diminuição da energia;

6) Dificuldade de concentração;

7) Insônia ou, ao contrário, sono excessivo;

8) Comer demais ou perda do apetite;

9) Pensamentos de acabar com a própria vida;

10) Dores persistentes, problemas digestivos;

Dentre outros.

É importante compreender e apoiar uma pessoa idosa que esteja com sintomas de depressão.

Saber como a pessoa se sente, conversando atentamente com ela, perceber se a pessoa consegue descrever para os familiares ou amigos como estão os seus sentimentos.

Muitas vezes, um idoso pode encontrar mais dificuldade para se expressar, pois é parte de uma geração com menos abertura para temas como a saúde mental.

Quais são as diferenças da depressão em idosos?

As pessoas idosas têm um risco aumentado de desenvolver sintomas depressivos. Cerca de 80% dos idosos têm pelo menos uma condição crônica de saúde, e isto pode influenciar a sua condição mental.

A depressão é mais comum em pessoas que têm outras doenças (como as cardíacas ou o câncer) pois de alguma forma estas doenças naturalmente limitam a vida da pessoa.

É relevante pontuar que as pessoas que têm depressão, na terceira idade, podem ser divididas em duas situações: aquelas que nunca tiveram depressão e passam e ter; e aquelas que já vêm de um quadro de depressão ao longo da vida.

No primeiro caso, o componente hereditário é menor e a doença está mais relacionada a dificuldades trazidas pelo envelhecimento em si, tais como os problemas cognitivos, os quadros demenciais, e a perda ou diminuição do papel social.

Já no segundo caso, os pacientes que tiveram quadros depressivos prévios, tratados ou não, continuam com a doença, às vezes de forma crônica.

Ainda há uma questão relativa ao erro de diagnóstico da depressão em idosos. Os sintomas da depressão podem ser considerados apenas como uma reação à alguma doença anterior, ou às limitações e mudanças de vida que podem ocorrer à medida em que se envelhece.

Os próprios idosos muitas vezes compartilham esta crença e não procuram ajuda porque não acreditam que podem se sentir melhores com o tratamento adequado.

Apoio necessário para o tratamento em idosos

Envelhecer, muitas vezes, traz consigo algumas questões difíceis de serem aceitas: o corpo e a mente se deterioram e perceber isso, pode levar muitas pessoas a depressão.

Algumas pessoas sentem que perdem as perspectivas, se fecham para as possibilidades e isto acaba gerando sofrimento emocional. Dar a devida importância a uma vida saudável faz a diferença no processo de envelhecimento.

Quanto à depressão, a maioria dos idosos vê uma melhora em seus sintomas quando tratados com medicamentos antidepressivos, psicoterapia ou uma combinação de ambos.

Se você está preocupado com o fato de um ente querido estar deprimido, ofereça-se para acompanhá-lo a uma consulta com um profissional de saúde para ser diagnosticado e tratado.

*DA REDAÇÃO RH. Com informações Psiquiatria Paulista

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