Eu poderia ter criado este artigo colocando como título uma pergunta para te incentivar a pensar na resposta, mas, mudei de ideia. Não quero te perguntar, quero sim afirmar que “DEIXAR PARA TRÁS O QUE NÃO VALE A PENA É A MELHOR SAÍDA.”

Recentemente, eu sofri uma decepção tão grande, uma ingratidão tão absurda, que tudo o que quis foi encontrar uma forma de arrancar isso de mim e, que de preferência, fosse fazendo algo que pudesse prejudicar o meu vilão, o que me tornaria a vilã também.

Na hora da raiva eu não consegui perceber o quanto a pessoa era previsível e quantos sinais ela já havia me dado de não ser tão boa quanto eu acreditava. Daí me retirei um pouco, me sentei em um canto e as cenas do que havia acontecido não saíam da minha cabeça e eu sentia uma raiva tão grande que se eu não tivesse me controlado, com certeza seria alguém pior agora.

Mas, eu não sou ruim. Pelo contrário, sou um espírito em constante evolução buscando se melhorar a cada dia com consciência do porquê de estar neste mundo e um desses porquês é aprender a superar a dor e superar às pessoas que me fazem mal.

Superar, passar por cima, ignorar, chame como quiser. Na minha cabeça confusa e em meu coração ferido foi difícil tomar a melhor decisão da minha vida: deixar pra trás quem me prejudicou, quem me fez mal.

Temos o péssimo hábito de trazer conosco esses ressentimentos nos tornando pessoas cada vez mais rancorosas e amarguradas! Eu não! Eu sorrio, eu tenho amigos, tenho uma boa família e cachorros que me amam.

Quando percebi tudo isso, o que havia à minha volta, eu pude ver o meu algoz de uma forma muito diferente: eu o vi pequeno. Vi tão pequeno, tão amargurado e infeliz que pude entender porque me causou mal, porque me afastou, porque mentiu e foi tão mesquinho: EU O INCOMODAVA.

Quando incomodamos alguém, mesmo que esse alguém seja uma pessoa próxima (é, porque, não quer dizer que por fazer parte da mesma turma e almoçar contigo, trocar confidências, você não o(a) incomode.) causamos nessa pessoa sentimentos contrários aos que deveriam onde surgem inveja, competitividade, desprezo e mal estar.

Outro dia escutei um amigo psicólogo me dizer que algumas pessoas não lidam bem com a luz, não sabem receber luz ou uma energia diferente das delas. Algumas pessoas não conseguem sair da escuridão de suas cavernas e quando se aproximam pessoas com vida, luz, alegria, esses seres se encolhem feito bicho e resolvem atacar como uma forma cega de defesa.

Compreendi então, que hoje o que julgo ingratidão, foi aversão a tudo que eu quis oferecer e que a outra pessoa não soube aceitar. Não devo me culpar, nós não devemos nos culpar e nem sentir raiva. É triste se olharmos por esse prisma. É triste não ser aberto, não ser amado, não se sentir seguro ou satisfeito com o que se tem.

Minha mãe sempre comentava “Minha nossa, somos pobres, por que ainda assim as pessoas nos invejam? Não podem ver alguém sorrindo e feliz mesmo sem ter dinheiro?”

Definitivamente, meus amigos, algumas pessoas não suportam que você seja feliz, mesmo que você pense que tenha tão pouco e que ela pareça ter mais. Mas, se colocarmos na balança, veremos que o outro quase nada tem porque perde todo seu tempo preocupado com o que você tem.

Bom entendermos que a pessoa que te magoou, que agiu de forma estranha, que te afastou, te caluniou ou diversas outras coisas, aparentemente sem motivo, é alguém que sofre, que vive numa amargura tão cruel e imensa, numa solidão tão massacrante que terá compaixão por ela ao invés de ódio.

E, se ainda não tiver evolução para ajudá-la a enxergar isso, melhor que se afaste, que ignore, que a deixe pra trás. Não traga na sua mochila pessoas e assuntos que não valem a pena.

Não perca seu tempo e energia pensando em formas de dar o troco, de se vingar, de provar que ele estava errado e você é a vítima. Não perca seu tempo.

Verá pessoas virarem a cara para você, acreditarem nas palavras do outro ao invés das suas, mas… deixe. Dessa forma, verá quem é seu amigo, quem acredita em você e quem não.

Junte todas essas pessoas e deixe para trás na beira do caminho por uma estrada que não passará mais, mas, sabendo que outros caminhos lhe serão abertos, novas cores, novos sorrisos. Deixe lá, o outro em sua caverna, lutando contra a luz.

Você é feliz e pode ser feliz mesmo que tenha sido magoado.

Isso só te prova que algumas pessoas NÃO VALEM SUA LUTA NEM SEU TEMPO.

Paz em seu coração!








Escritora, blogueira, amante da natureza, animais, boa música, pessoas e boas conversas. Foi morar no interior para vasculhar o seu próprio interior. Gosta de artes, da beleza que há em tudo e de palavras, assim como da forma que são usadas. Escreve por vocação, por amor e por prazer. Publicou de forma independente dois livros: “Do quê é feito o amor?” contos e crônicas e o mais espiritualizado “O Eterno que Há” descrevendo o quão próximos estão a dor e o amor. Atualmente possui um sebo e livraria na cidade onde escolheu viver por não aguentar ficar longe dos livros, assim como é colunista de assuntos comportamentais em prestigiados sites por não controlar sua paixão por escrever e por querer, de alguma forma, estar mais perto das pessoas e de seus dilemas pessoais. Em 2017 lançará seu terceiro livro “Apaixonada aos 40” que promete sacudir a vida das mulheres.