Existem pessoas que são especialistas em cativar, seja com sorriso, com palavras ou até mesmo com atitudes. Pessoas que no começo da conquista se mostram as melhores. Pessoas que nos fazem acreditar que dessa vez irá ser diferente. Mas de nada adianta cativar se não for para cultivar.

De nada adianta dizer palavras bonitas se as atitudes demonstram o contrário. Mandar flores para conquistar e depois mostrar espinhos, como quem fere com aquilo que diz e faz.

O que importa se ele (a) decora aquela poesia nos primeiros encontros e parece realmente interessado (a) em você, se depois de um tempo acha bobagem os seus sonhos e ignora as suas dores. Cansei de ver pessoas se machucando por acreditarem novamente que iria dar certo.

“Ah mais no começo ele(a) era tão diferente”

No começo era romântico (a), era interessante, era charmoso (a), era educado (a). No começo era interessado em conversar e depois mal conseguia ouvir você reclamar que estava com dor de cabeça.

De que adianta cativar? Se depois a flor murcha, as palavras tornam-se mentiras e o coração apaixonado fica machucado. Eu sei que no momento da conquista queremos parecer as melhores pessoas do mundo e porque não manter isso e oferecer ao outro a sua melhor versão? Isso não implica em deixar de ser você, mas vestir uma máscara apenas para “enganar” o outro e fazê-lo acreditar que você é assim é um grande erro. Um erro que não dura muito tempo, um erro que não leva ao compromisso e talvez (pensando alto aqui) seja justamente essa a intenção de muitos.

Cativar, encantar, mostrar quem você realmente é para o outro desistir. Esse prazer em saber que alguém nos deseja, nos quer por perto mesmo o outro não estando nem um pouco interessado é dessas coisas estranhas da vida que talvez eu nunca consiga entender. Não entendo quem cativa com a intenção de ir embora, quem faz o sentimento brotar sabendo que irá partir a qualquer momento. Quem finge, mente e engana apenas para se sentir desejado.

Por isso, de nada vale cativar senão for para cultivar. No início da conquista – fase boa- as coisas são realmente mais intensas. Estamos empolgados em mostrar ao outro que vale a pena. Em mostrarmos o nosso melhor lado, o problema está em deixar isso morrer ou simplesmente fingir apenas para conquistar. Brincar com o sentimento alheio e com as suas expectativas não é certo. Seja você, sempre você. Mostre apenas aquilo que você pode continuar oferecendo ao outro. Não invente que gosta de tal música ou que adora aquela banda só para agradar. Não finja gostar de comida japonesa e que tem paixão por futebol se você detesta os dois. Pare de tentar se encaixar em padrões, de tentar ser aquilo que você acha que o outro espera, porque na maioria da vezes, o outro espera apenas que você seja você.








Estudante de psicologia, apaixonada por artes, música e poesia. Não dispensa um sorvete e adora um pastel de feira com muito requeijão, mesmo sendo intolerante a lactose. Tem pavor de borboletas, principalmente as no estômago.