Conheça o seu cônjuge no divorcio, seus irmãos no inventário, seus filhos na velhice e seus amigos na dificuldade.

Infelizmente, essa é uma verdade que precisamos encarar. Nós só conhecemos o nosso cônjuge realmente, quando decidimos nos separar, a forma como ele reage, como ele se posiciona, se aceita ou não o rompimento, se nos culpa, nos julga, ou se torna nosso amigo, é nesse momento de separar as tralhas de um e de outro, de dividir o que precisa ser dividido, com justiça e honestidade, que nos deparamos com a verdade a respeito da pessoa que convivemos nos últimos anos.

Não são todos os casamentos que acabam em brigas e discussões mas, quando ele acaba, o que nos resta é encarar o desafio de que aquela pessoa não fará mais parte da nossa vida como antes, porém, se existirem filhos, o negócio fica um pouco mais complicado, não dá para separar a família, nem excluir um dos lados, teremos que conviver com o pai ou com a mãe das crianças de uma forma ou de outra, mesmo não estando mais vivendo no mesmo teto. E é a partir daí que as conciliações se fazem mais necessárias do que nunca, mas se não temos maturidade para isso, acabamos exteriorizando a nossa pior versão.

O problema começa quando insistimos em guardar mágoas e rancores, esse comportamento causa danos para todos, inclusive para os filhos. E se um dos dois não aceita a separação, ou age com egoísmo ou ganância, muitos acabam acordando para a verdade que não pode mais ser ignorada: Me casei com uma essa pessoa que é capaz de fazer coisas ruins. Mas a pergunta que deveria ser feita é: Por que eu escolhi essa pessoa? Que lição eu preciso tirar dessa escolha?

Caso você não faça essas perguntas para si mesmo e, insista, até que você tenha uma resposta, é bem possível que você faça novas escolhas no futuro que tragam novamente as mesmas lições não aprendidas.

É comum pessoas se separarem e, depois de um tempo, se casarem com outra pessoa que carrega caracteristicas muito parecidas do parceiro anterior. E aí, a pessoa se frustra e repete frases do tipo: “Eu tenho o dedo podre!”, quando na verdade, não é o outro o problema, nunca foi o outro, o problema sempre foi a falta de entendimento a respeito das lições que deveriam ter sido aprendidas em cada relacionamento que travamos na vida.

Outro ponto é o relacionamento que constrímos com os nossos irmãos, é possível afirmar que nós só os conheceremos de fato na hora do inventário. Isso por que, podemos até ter uma vaga noção da personalidade de cada um deles, mas há uma grande possibilidade de nos surpreendermos positivamente ou negativamente quando nossos pais partirem dessa vida.

A ganância e o egoísmo em relação a herânça, ou caso estejamos enfrentando problemas financeiros para pagar o inventário, é aí que começam os conflitos de interesse e, é nesse momento, que conhecemos a verdade a respeito de quem é quem.

Nossos filhos também poderão nos surpreender na velhice, dependendo de como os criamos e da expectativa que depositamos neles. A gente já consegue ter uma noção de qual deles se dedicarão aos nossos cuidados ou se esquivarão, mas a verdade mesmo só será percebida quando a necessidade bater a porta.

Os nossos amigos, conhecemos na dificuldade, não na alegria. Essa é uma verdade incontestável. Podemos contar nos dedos os amigos que permaneceram ao nosso lado quando enfrentamos os piores dias da nossa vida.

E é essa a mensagem que eu quero deixar hoje:

Não se relacione com as aparências das pessoas, mas sim com a essência, não se iluda a respeito das atitudes dos outros, apenas observe com atenção o comportamento daqueles que compartilham a vida com você. Observar, analisar, refletir e ponderar, nos livra de muitas decepções futuras.

Agindo assim, consciente de quem é quem, você vai evitar conflitos desnecessários e vai aprender a não eigir dos outros aquilo que eles não podem oferecer. E melhor, vai se supreender com aqueles que você nem esperava que poderiam ser bons, empáticos e generosos nos momentos mais difícies da sua vida.

Entenda: Nem mesmo essas pessoas sabem, ao certo, qual será a reação delas nesses momentos decisivos da vida, portanto, não se assuste, você mesmo pode agir de uma forma que nem mesmo você, se reconhecerá.

A verdade é que a gente só conhece as pessoas na dificuldade, quando começam os conflitos, é aí que as pessoas mostram sua verdadeira face. A dificuldade não aparece por acaso, ela surge para que a gente possa separar o joio do trigo.

Não tema a dificuldade, enfrente com coragem porque ela traz revelações extremamente importantes para que você cresça como ser humano.

O importante é aprender as lições para que elas não se repitam. E se você sofre constantemente com a idealização que faz a respeito das pessoas que fazem parte da sua vida, me chame no direct @rhamuche, eu posso te ajudar a superar isso.

*DA REDAÇÃO RH. Texto de Robson Hamuche, idealizador do Resiliência Humana, terapeuta transpessoal e Constelador Familiar. Foto de Edward Cisneros no Unsplash.

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Robson Hamuche é Terapeuta transpessoal com especialização em constelação familiar, compõe a equipe de terapeutas do Instituto Tadashi Kadomoto (ITK). É também idealizador e sócio-proprietário do Resiliência Humana, grupo de mídia dedicado ao desenvolvimento humano, que reúne informação de qualidade acerca de todo o universo do desenvolvimento pessoal, usando uma linguagem leve e acessível.