A nova série da Prime Video, “Tremembé”, está dando o que falar nas redes sociais. Muitos internautas se questionam como está a vida dos criminosos que estão representados na trama.
A produção mistura drama e realidade ao mostrar a vida dentro da penitenciária mais conhecida do país — e reacende o interesse público sobre o destino das mulheres que viveram ali.
Entre elas está Elize Matsunaga, interpretada por Carol Garcia, cuja história continua a gerar curiosidade. Condenada a 16 anos e três meses de prisão pelo assassinato e esquartejamento de seu marido, Marcos Matsunaga, em 2012, ela atualmente vive em liberdade condicional, concedida em 2022.
Hoje, Elize tenta recomeçar a vida longe dos holofotes. Ela mora no interior de São Paulo e trabalha como motorista de aplicativo, em busca de estabilidade emocional e financeira.
“Acredito que ele já me perdoou”
Com a série de volta ao centro das discussões, Elize gravou recentemente um vídeo dirigido ao seu advogado, Luciano Santoro, no qual expressou gratidão por todo o apoio recebido desde sua saída da prisão.
Em tom de arrependimento e reflexão, ela declarou:
“Estou muito feliz por ter vencido, pelas pessoas que me apoiaram e compreenderam. Infelizmente, não posso consertar o que fiz, mas acredito que o Marcos, na espiritualidade, já tenha me perdoado.”
Elize também afirmou que encara essa nova etapa como uma “segunda chance”, mencionando que busca reconstruir sua vida com humildade e fé, mantendo o desejo de nunca mais reviver o passado que a levou à prisão.
Bastidores e relações dentro da prisão
Um dos pontos mais comentados da série Tremembé é o retrato da complexa dinâmica entre Elize e outras detentas famosas, como Suzane von Richthofen e Sandra Regina Ruiz, conhecida como Sandrão.
Baseada nos livros do jornalista Ullisses Campbell, a produção mostra os relacionamentos e alianças formadas dentro do presídio.
De acordo com a trama, o envolvimento entre Elize e Sandrão teria começado em uma noite fria, quando ambas dividiram um colchão para se aquecer. O breve relacionamento, que teria durado poucos dias, terminou quando Sandrão se aproximou de Suzane, com quem passou a trabalhar na fábrica de costura da penitenciária.
Esse triângulo amoroso entre Elize, Sandrão e Suzane é um dos elementos mais intrigantes da produção, levantando questões sobre vulnerabilidade, poder e sobrevivência dentro de um ambiente hostil.
A reconstrução fora dos muros
Desde sua saída da prisão, Elize tem tentado manter uma vida discreta. Ela evita entrevistas e aparições públicas, concentrando-se em trabalhar e cuidar da própria saúde mental.
Fontes próximas afirmam que ela se dedica à espiritualidade e que busca constantemente o perdão — tanto o próprio quanto o de Marcos.
Apesar das críticas e do estigma social, Elize afirma que aprendeu a lidar com o julgamento público e que sua prioridade agora é viver em paz.
“Tremembé” e o fascínio pelo true crime brasileiro
O sucesso da série Tremembé mostra como o público continua fascinado por histórias reais de crime, culpa e redenção. Ao misturar drama, suspense e elementos biográficos, a produção não apenas reconta casos emblemáticos, mas também propõe uma reflexão sobre as consequências psicológicas e sociais do encarceramento.
No centro de tudo está Elize — uma figura que desperta curiosidade, repulsa e compaixão em igual medida. Sua trajetória pós-prisão levanta um debate importante: é possível encontrar perdão e reconstrução após um crime tão brutal?
Imagem de Capa: Reprodução/Prime Video/Netflix

