Sim, num mundo cada vez mais individualista , com pessoas cada vez mais egóicas, conversar com uma pessoa que olha nos nossos olhos e nos deixa falar à vontade , que se interessa por nossa vida , que valoriza as nossas conquistas é um prazer raro e delicioso. Não há nada mais chato do que gente que só sabe se elogiar , que só consegue enxergar as suas lutas, mas nunca admite que as outras pessoas também têm valor, que as outras pessoas também batalham e sofrem para terem seu lugar ao sol.

Carisma é uma combinação poderosa entre charme , senso de humor, gentileza , perspicácia que tornam o seu portador alguém capaz de atrair a atenção das pessoas rapidamente e em muitos casos , inspirá-las e motivá-las a tomar atitudes e a gostarem mais delas mesmas. O carismático vira uma espécie de referência para as pessoas , alguém que inspira , que motiva , que serve de exemplo, mesmo que sua conduta não seja 100% politicamente correta. Sim, até os defeitos do carismático têm um certo savoir faire , pois ele é uma pessoa magnética.

1. Pessoas carismáticas colocam o outro no centro das atenções

Sim, num mundo cada vez mais individualista , com pessoas cada vez mais egóicas, conversar com uma pessoa que olha nos nossos olhos e nos deixa falar à vontade , que se interessa por nossa vida , que valoriza as nossas conquistas é um prazer raro e delicioso. Não há nada mais chato do que gente que só sabe se elogiar , que só consegue enxergar as suas lutas, mas nunca admite que as outras pessoas também têm valor, que as outras pessoas também batalham e sofrem para terem seu lugar ao sol.

2. Pessoas carismáticas gostam de elogiar

Elogiar não é o mesmo que bajular. Pessoas carismáticas fazem elogios sinceros, elogiam traços da personalidade alheia que realmente lhes agradam. O carismático enxerga nas pessoas um brilho que nem elas mesmas sabiam que possuíam. Sim, o carismático faz as pessoas se sentirem especiais.

3. Pessoas carismáticas têm repertório e flexibilidade intelectual

Todos nós temos os nossos assuntos preferidos na hora de bater um bom papo. Mas o carismático sabe captar a preferência do outro e consegue transitar com delicadeza por campos variados. Um carismático vai falar sobre música com músicos, sobre os rumos da Educação com pedagogos, vai fazer perguntas sobre transtornos mentais para um psicólogo ou psiquiatra , vai falar do prazer de comer para um chefe de cozinha, vai fazer perguntas sobre uma alimentação saudável para uma nutricionista, vai se colocar no lugar de uma dona de casa que trabalha mais de 10 horas por dia sem receber um salário nem reconhecimento, vai se solidarizar com uma modelo que precisa fazer dietas rigorosíssimas em nome da profissão. Sim, pessoas carismáticas saem do seu mundinho para encantar os outros.

4. Pessoas carismáticas sabem fazer e entender piadas

Sim, pessoas carismáticas têm senso de humor. Sabem brincar , falam frases com duplo sentido, entendem frases com duplo sentido. Abusam da linguagem conotativa , dos chistes.

5. Pessoas carismáticas admitem seus defeitos e sabem rir de si mesmos

O carismático se respeita , mas não se leva tão á sério. Sim, ele sabe que pisa na bola e admite tal fato olhando nos olhos do interlocutor. O carismático sabe rir e fazer piadas das próprias limitações. Não se acha superior às outras pessoas. Não tem a pretensão de parecer alguém perfeito. Enfim, pessoas que se julgam melhores do que as outras , que se colocam como imbatíveis , capazes de conseguir qualquer coisa , elas podem, por exemplo, liderar grandes corporações , mas jamais serão pessoas inspiradoras. Frases do tipo: “Eu consigo tudo o que eu quero” pode até denotar determinação, mas são o avesso do carisma.

Em resumo: o carismático é alguém que brilha por meio do brilho alheio, por meio da alteridade , por meio da capacidade de se envolver , de se importar , de expressar e de permitir , desta forma , que as pessoas também se envolvam, se importem e se expressem. Ser carismático não é ser onipotente. É ser humano.








Viciada em café, chocolate, vinho barato, filmes bizarros e pessoas profundas. Escritora compulsiva, atriz por vício, professora com alma de estudante. O mundo é o meu palco e minha sala de aula , meu laboratório maluco. Degusto novos conhecimentos e degluto vinhos que me deixam insuportavelmente lúcida. Apaixonada por artes em geral, filosofia , psicanálise e tudo que faz a pele da alma se rasgar. Doutora em Comunicação e Semiótica e autora de 7 livros. Entre eles estão "Como fazer uma tese?" ( Editora Avercamp) , "O cinema da paixão: Cultura espanhola nas telas" e "Sociologia da Educação" ( Editora LTC) indicado ao prêmio Jabuti 2013. Sou alguém que realmente odeia móveis fixos.