Enquanto a humanidade segue debatendo sobre o futuro da Terra, um grupo de cientistas decidiu olhar muito mais além: até o fim do universo. E a previsão deles não é nada otimista.
De acordo com especialistas, o fim do mundo está a caminho — e quando acontecer, será o verdadeiro fim de tudo o que conhecemos.
Esse cenário apocalíptico, conhecido como “Big Crunch”, tem ganhado força dentro da comunidade científica. A ideia é simples, mas aterrorizante: o universo vai parar de se expandir e começará a encolher até colapsar sobre si mesmo, em um evento que os pesquisadores já estão chamando de “inferno cósmico”.
Mas quando isso vai acontecer? E a humanidade sobreviveria a esse fenômeno?
O que é o Big Crunch?
A teoria do Big Crunch surgiu como uma possível resposta ao destino final do universo. Atualmente, sabemos que o cosmos está em constante expansão — ou seja, as galáxias estão se afastando umas das outras. Isso ocorre por causa de uma força chamada energia escura.
No entanto, estudos recentes apontam que essa energia pode estar enfraquecendo. Caso isso se confirme, o processo se inverteria: o universo deixaria de se expandir e começaria a colapsar. E, segundo os cientistas, isso resultaria em um verdadeiro apocalipse cósmico.
Quando o colapso vai começar?
Pesquisadores da Cornell University e da Shanghai Jiao Tong University fizeram uma projeção ousada: o colapso começaria em aproximadamente 11 bilhões de anos e levaria cerca de 8,5 bilhões de anos para ser concluído.
Ou seja, o fim total do universo estaria previsto para daqui a cerca de 19,5 bilhões de anos.
É um prazo longo — quase inconcebível para padrões humanos. Mas, em termos cósmicos, é um piscar de olhos.
Haverá sinais visíveis para a humanidade?
De acordo com os pesquisadores, não haverá indícios perceptíveis no dia a dia. O Dr. Hoang Nhan Luu, um dos autores do estudo, explica que essas mudanças ocorrem em uma escala tão gigantesca que civilizações como a nossa provavelmente nem perceberão até que seja tarde demais.
“Civilizações inteligentes em escalas de sistemas solares ou galáxias não notariam nenhum fenômeno óbvio”, afirmou Luu. “Essas mudanças acontecem em escalas de bilhões de anos.”
É possível sobreviver ao fim do universo?
Segundo o físico Henry Tye, a única chance da humanidade sobreviver seria migrar para as bordas do sistema solar ou além — o que exigiria tecnologias que ainda estão muito além da nossa capacidade atual.
Apesar disso, ele é otimista:
“Temos alguns bilhões de anos para nos preparar para essa viagem”, afirmou.
Mas, mesmo com tanto tempo disponível, a incerteza permanece: será que estaremos aqui até lá? E, mais importante: estaremos evoluídos o suficiente para escapar do colapso final do universo?
Um lembrete da nossa pequenez
Embora o “Big Crunch” ainda esteja a bilhões de anos de distância, a teoria serve como um lembrete poderoso da nossa fragilidade cósmica. Em um universo tão vasto e misterioso, a única certeza é que tudo tem um fim — até o próprio tempo e espaço.
Enquanto isso, seguimos aqui, tentando entender nosso lugar no cosmos. E quem sabe, criando planos de fuga para um futuro que talvez nem possamos testemunhar.
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