Cientistas dizem que os pobres e negros deveriam ter prioridade na vacinação para que não seja acentuada a desigualdade racial e social em nosso país.

Pobres e negros estão mais vulneráveis a pandemia por conta da aglomeração com que vivem e também por falta de informações e de possibilidades de se protegerem ficando em casa. Eles ficam constantemente expostos e acabam contaminando seus familiares e amigos. Diante desse cenário, cientistas defendem que esta parcela da população seja incluída entre as prioridades do PNI.

As informações são do Extra e a matéria cita um estudo recente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da UFRJ que mostra que trabalhadores negros no Brasil correm risco 39% maior de morrer de Covid-19 do que os brancos.

Já um trabalho publicado na revista britânica Public Health revela que brasileiros com educação superior (e brancos são 70% do total neste importante indicador de renda) correm risco 44% menor de serem vítimas fatais do vírus.

Risco

Roberto Medronho, professor de epidemiologia da UFRJ, coordenador do estudo em parceria com o IPEA e propositor da ideia de que os negros pobres sejam incluídos em grupos prioritários disse que os pobres, em especial os negros, são obrigados a se expor mais, adoecem mais e morrem mais de Covid-19 no Brasil.

Por isso, é justo e necessário que haja uma prioridade para eles, segundo ele, isso é totalmente factível de realizar.

“No Brasil o pobre é quase sempre negro. São negros 75,2% da camada com menor renda da população, segundo o IBGE. Também são negros dois terços dos desempregados”, afirmou o professor.

Ética

Fernando Bozza, coordenador do estudo e pesquisador da Fiocruz e do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) disse sobre o assunto que “A Covid-19 afeta os brasileiros de forma diferente. Os negros pobres correm um risco maior e isso é evidente nos dados.

Medronho ainda completou seus argumentos falando sobre ética. “É eticamente justificável que profissionais de saúde e de segurança sejam priorizados. Eles precisam de proteção, mas é a imunização da população socialmente mais vulnerável que protegerá toda a sociedade”.

A vulnerabilidade da população mais pobre é inegável, foram eles que precisaram se arriscar e trabalhar todos os dias para atender as camadas sociais mais abastadas.

Foram eles, os motoboys, atendentes, lojistas, empregados domésticos, babás, e tantos outros prestadores de serviços que se colocaram frente ao vírus para que o país não parasse completamente, e eles com toda a certeza, merecem a imunização prioritária.

Torcemos para que essa proposta dos cientistas seja acatada pelo governo estadual e federal.

Essa é uma dívida histórica que temos com a população negra e com os pobres desse país.

*Foto de Clay Banks no Unsplash

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